ALAGAMENTOS

Senado aprova medidas para socorrer Rio Grande do Sul na tragédia das chuvas

Entre elas, estão o decreto legislativo que reconhece estado de calamidade pública e a aprovação de mudanças no Orçamento

A prefeitura de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, considera a construção de uma "cidade" provisória para abrigar as cerca de dez mil pessoas desalojadas no município, decorrente das enchentes que acometem o estado.
Centro de Porto Alegre inundado pelas águas do Guaíba, depois de grandes volumes de chuva no estado – Créditos: Gustavo Mansur/Palácio Piratini via Agência Brasil

Em uma resposta rápida às necessidades emergenciais do Rio Grande do Sul, que vive nas últimas semanas a pior tragédia climática de sua história, o Senado e o Congresso aprovaram propostas e adotaram medidas para ajudar a mitigar ao máximo a situação de calamidade pública no estado. Entre elas, estão o decreto legislativo que reconhece estado de calamidade pública e a aprovação de mudanças no Orçamento deste ano para agilizar e facilitar o repasse de recursos de emendas parlamentares aos municípios atingidos.

Publicidade

Até o meio-dia desta sexta-feira (10), as enchentes já haviam provocado a morte de 116 pessoas, e 143 estavam desaparecidas. Havia ainda 756 feridos e quase 400 mil fora de casa. Mais de 1,9 milhão de habitantes foram afetados. Dos 497 municípios do estado, 437 relataram problemas relacionados aos temporais. O governo do estado do Rio Grande do Sul calcula em R$ 19 bilhões os recursos necessários para reconstruir os municípios.

No início da semana, o presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco, afirmou que “estamos numa guerra” que demanda “soluções excepcionais e atípicas”.

“Essa passa a ser uma prioridade absoluta do Parlamento brasileiro, do Senado Federal, de buscarmos as medidas mitigadoras dessa lamentável tragédia que o Rio Grande do Sul sofre. As vidas humanas são irrecuperáveis, ​​e por isso nossa manifestação de sentimentos a todas as famílias que sofreram com seus entes queridos. No mais, é possível remediar e minimizar, reconstruir o estado, devolver a dignidade ao povo do Rio Grande do Sul com medidas que eu espero que sejam ágeis, que sejam inteligentes e eficazes para resolver esse problema“, disse Pacheco, que esteve na comitiva que sobrevoou as áreas atingidas no fim de semana.

Comissão externa

Já na segunda-feira (6), o Senado anunciou a criação de uma comissão temporária externa para acompanhar a tragédia no Rio Grande. Oito senadores vão fiscalizar as medidas tomadas para socorrer as vítimas e também verificar propostas que podem ser aprovadas pelo Parlamento.

Publicidade

A comissão, encabeçada pela bancada gaúcha, foi instalada na terça-feira (7), sendo presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS). A vice-presidência está a cargo do senador Irineu Orth (PP-RS), e a relatoria, com o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS). Já na quinta-feira (9), o colegiado aprovou o plano de trabalho apresentado pelo relator, com a recomendação da votação de 22 proposições no Senado.

As matérias foram identificadas como prioritárias ao enfrentamento da calamidade no sul. A primeira delas é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 15/2024, que tem como primeiro signatário o senador Alessandro Vieira (MDB-SE). O texto autoriza um regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações para atender necessidades decorrentes de calamidade pública ambiental regional ou local.

O colegiado pretende ainda ir pessoalmente ao estado afetado e promover um ciclo de debates com o tema “A tragédia no Rio Grande do Sul”.

Publicidade

“A comissão trabalhará com o objetivo de prestar apoio cerrado ao povo gaúcho no enfrentamento e na superação dos desafios impostos pela maior catástrofe climática do nosso estado. Vamos apresentar medidas legislativas para auxiliar a superação dos esforços iniciais de resgate e amparo da população atingida, cooperar na remodelação da infraestrutura e implantar um projeto para preparar o Rio Grande do Sul para o enfrentamento de futuros eventos climáticos extremos“, afirmou o senador Mourão.

*Texto escrito com informações de Agência Senado

Publicidade

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.