Em mais um dia de turbulência no mercado financeiro, o dólar aproximou-se de R$ 5,65 e encerrou outubro com alta de quase 4%. A bolsa de valores teve o segundo dia consecutivo de queda e continua no nível mais baixo desde novembro do ano passado.
O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (29) vendido a R$ 5,646, com alta de R$ 0,021 (0,37%). A cotação chegou a cair para R$ 5,60 pouco antes das 16h, mas subiu novamente perto do fim dos negócios.
A divisa fechou outubro com alta de 3,67%, depois de subir 5,30% em setembro. Em 2021, a moeda acumula valorização de 8,82%.
O dia também foi tenso no mercado de ações. O índice Ibovespa fechou o dia aos 103.501 pontos, com recuo de 2,09%. O indicador está no menor nível desde 12 de novembro do ano passado.
A queda desta sexta-feira foi puxada pelas ações da Petrobras, após declaração do presidente Jair Bolsonaro de que busca uma forma de mudar a lei para interferir na política de preços da empresa. Os papéis ordinários (com direito a voto em assembleia de acionistas) caíram 6,49%. Os papéis preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) recuaram 5,9%.
Com o desempenho de hoje, a bolsa encerrou outubro com queda de 6,74%. Esse foi o quarto mês seguido de baixa no índice Ibovespa. Em 2021, o indicador acumula perda de 13,04%.
As tensões em torno da proposta de emenda à Constituição (PEC) que parcela os precatórios e muda o cálculo do teto de gastos continuaram a dominar a sessão. Hoje, o Ministério da Economia divulgou que a aprovação da PEC liberaria R$ 91,6 bilhões em 2022. O impacto é maior que o inicialmente divulgado pelo governo e por parlamentares, que projetavam a liberação de R$ 83,6 bilhões.
Em relação ao mercado de câmbio, a alta do dólar não se deve apenas aos fatores internos. A moeda norte-americana subiu perante as principais divisas do mundo, até em relação ao euro. Hoje, o real perdeu menos valor que o peso mexicano e o rand sul-africano.
* Com informações da Reuters
(Agência Brasil)