Seu cargo deverá ser ocupado pela ministra das finanças até o próximo ano
O primeiro-ministro da Suécia, Stefan Löfven, anunciou nesta quarta-feira (10) sua renúncia, após sete anos à frente do cargo.
O líder do partido social-democrata observou, em meados do ano, que estava enfraquecido por uma crise política. Em agosto, ele havia comunicado que deixaria o cargo no mês de novembro, faltando apenas um ano para as eleições de 2022, que acontecerão em setembro.
Agora, se dá início ao processo de sucessão. A ministra das Finanças, Magdalena Andersson, deverá assumir o cargo, no qual ficaria até as eleições do próximo ano. Para que isso ocorra, ela precisará do voto favorável do Parlamento, que ainda não tem data definida para realizar a sessão.
Embora o país seja considerado o “paraíso” para a igualdade de gênero, até agora nunca uma mulher assumiu o posto como primeira-ministra. Economista e ex-nadadora, Magdalena Andersson aparece como única candidata a assumir a vaga deixada pelo agora ex-primeiro ministro. No início deste mês, ela foi eleita para a direção do partido social-democrata, justamente no lugar de Löfven.
Para que Andersson possa assumir como primeira-ministra, terá que garantir o apoio de todos os seus aliados e de outros partidos – de esquerda e de centro.
Pouco antes do anúncio da renúncia de Stefan Löfven, a líder dos centristas, Annie Loof, garantiu que o seu partido não votaria contra Magdalena Andersson, depois de ter conseguido um acordo com os sociais-democratas e ecologistas.
A saída de Löfven, de certa forma, permitiu garantir a sucessão, tendo em vista a campanha eleitoral, em um momento em que os sociais-democratas se sentem ameaçados nas sondagens.
Os sociais-democratas de Magdalena Andersson terão, nomeadamente, como seu adversário o partido coservador Moderados, liderado por ULF Kristersson, que se aproximou do partido anti-imigração Democratas da Suécia (SD), e está pronto para governar, com apoio do Parlamento.
O país vive expectativa de uma grande mudança política, após uma década de acentuado crescimento da extrema-direita, alimentado pela hostilidade contra a entrada de um elevado número de refugiados no país.
“A Ministra das Finanças, Magdalena Andersson, está emergindo como sua sucessora e primeira mulher a liderar o governo no país nórdico”
La ministra de Finanzas, Magdalena Andersson, se perfila como su sucesora y primera mujer al frente del Gobierno en el país nórdico https://t.co/MvSWZAsNEQ
— EL PAÍS Inter (@elpais_inter) November 10, 2021