Presidente da Fifa diz que Copa bienal pode evitar mortes de migrantes

Infantino esteve em Conselho da Europa voltado a direitos humanos

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O presidente da FIFA, Gianni Infantino, observa a entrega do troféu da Copa Árabe da FIFA após a final da Copa Árabe da FIFA Qatar 2021 entre Tunísia e Argélia no Estádio Al Bayt em 18 de dezembro de 2021 em Al Khor, Qatar. (Crédito: Shaun Botterill/Getty Images)

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, disse nesta quarta-feira (26) que o aumento de receitas com uma eventual Copa do Mundo bienal poderia criar oportunidades para africanos, evitando muitos deles de migrar para a Europa e encontrar “a morte no mar” ao cruzar o Mediterrâneo.

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A ideia de uma Copa do Mundo a cada dois anos tem ganhado força com Infantino tentando angariar apoio das federações nacionais, dizendo que a mudança iria criar receitas adicionais de US$ 4,4 bilhões (aproximadamente R$ 24 bilhões) para a entidade.

A Fifa disse que as verbas adicionais podem ajudar a reduzir a diferença de receitas entre mercados mais e menos desenvolvidos do futebol.

Em um pronunciamento ao Conselho da Europa, principal organização do continente para defesa dos direitos humanos, Infantino ressaltou a importância de tornar o futebol mais inclusivo para os países de fora da Europa.

“O tópico não tem a ver com se queremos ou não uma Copa do Mundo a cada dois anos, mas com o que queremos para o futuro do futebol”, disse Infantino. “Se pensarmos sobre o resto do mundo e a vasta maioria da Europa, então temos que pensar sobre o que futebol traz. O futebol é oportunidade, esperança, tem a ver com as seleções nacionais. Não podemos dizer ao resto do mundo ‘me dê o seu dinheiro’, mas nos assista na TV. Precisamos incluí-los”, disse o presidente da Fifa. “Precisamos encontrar maneiras de incluir o mundo inteiro e dar esperança aos africanos para que eles não atravessem o Mediterrâneo querendo uma vida melhor, mas provavelmente, acabando por encontrar a morte no mar”.

Infantino admitiu depois que a Copa do Mundo bienal pode não ser a resposta à crise migratória.

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“Precisamos dar oportunidades, e dignidade”, disse. “Não por caridade, mas permitindo que o resto do mundo participe. Talvez a Copa do Mundo a cada dois anos não seja a resposta”.

(Agência Brasil)

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