A imagem do encontro entre o presidente francês Emmanuel Macron e o presidente russo Vladimir Putin causou comoção porque havia uma distância exagerada de seis metros entre eles. No entanto, essa decisão teve uma justificativa: o medo do roubo de DNA.
O que aconteceu é que pediram a Macron um PCR antes de se reunir com Putin para garantir a “bolha da saúde” do presidente russo. O francês recusou por medo de que seu DNA fosse apreendido, disseram duas fontes à Reuters.
Como alternativa, então, propuseram a Macron manter distância para evitar riscos e foi o que ele fez durante a reunião de cinco horas com seu colega russo em que discutiram a questão da crise na Ucrânia.
Fontes próximas a Macron esclareceram que eles receberam duas opções: aceitar um teste de PCR realizado pelas autoridades russas e poder se aproximar de Putin, ou recusar e cumprir regras mais rígidas de distanciamento social.
“Sabíamos muito bem que isso significava nenhum aperto de mão e aquela mesa longa. Mas não podíamos aceitar que eles tivessem o DNA do presidente em suas mãos”, disseram eles à Reuters, devido ao temor de que a amostra fosse examinada por médicos russos.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou as opções que foram oferecidas ao presidente francês e garantiu que isso não gerou nenhum problema. “Não há política nisso, não interfere em nada nas negociações”, frisou.
Do gabinete de Macron, explicaram que não concordavam com o protocolo de saúde russo por motivos de tempo, pois levaria mais tempo do que esperavam e, sobre o possível roubo de DNA, apontaram: “O presidente tem médicos que definem o regras com ele que são aceitáveis ou não em termos de seu próprio protocolo de saúde”.
A imagem dos líderes distantes tornou-se mais relevante quando Putin recebeu o cazaque, Kassym-Jomart Tokayev e Alberto Fernández e, em ambos os casos, eles apertaram as mãos e sentaram perto um do outro.
“Conversa com o Presidente da França Emmanuel Macron”.
Talks with President of France Emmanuel Macron https://t.co/kP4bXUKPgl pic.twitter.com/BwoGCIlLIs
— President of Russia (@KremlinRussia_E) February 7, 2022
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Perfil Brasil
*Texto publicado orginalmente no site Perfil Argentina.