A seleção feminina de futebol terá mudanças na segunda rodada do Torneio Internacional da França. As brasileiras encaram as anfitriãs neste sábado (19), a partir das 17h10 (horário de Brasília), no estádio Michel D’Ornano, na cidade de Caen, na Normandia. Na última quarta-feira (16), no mesmo local, as comandadas de Pia Sundhage estrearam na competição amistosa empatando por 1 a 1 com a Holanda.
“Teremos novas jogadoras amanhã [sábado]. Uma razão é que elas estão lidando com o fuso horário e ainda não estão com ritmo de jogo, então optamos por poupá-las [diante da Holanda] para tê-las iniciando o jogo contra a França. Então, haverá mudanças, absolutamente”, afirmou Pia, em entrevista coletiva nesta sexta (18).
Na estreia, a treinadora escalou o Brasil com Lorena; Antonia, Tainara, Daiane e Fê Palermo; Duda, Luana, Kerolin e Ary Borges; Debinha e Geyse. As zagueiras Antonia e Daiane e a atacante Geyse, todas do Madrid CFF (Espanha), são as que vinham atuando com mais regularidade dentre as 11. Na terça-feira (15), antes de enfrentar a Holanda, Pia já havia alertado sobre o estágio diferente das atletas, que jogam em diferentes lugares do mundo.
A zagueira Tainara, recém-contratada pelo Bordeaux (França), tinha apenas três jogos no ano antes de integrar a seleção brasileira. A volante Luana, que passou nove meses tratando uma lesão no joelho esquerdo, voltou aos gramados recentemente e atuou somente duas vezes em 2022 pelo Paris Saint-Germain (França), sempre saindo do banco. A goleira Lorena (Grêmio) e as meias Duda (Flamengo) e Ary Borges (Palmeiras) estiveram em campo pela Supercopa do Brasil. Já a lateral Fê Palermo (São Paulo), a meia Kerolin e a atacante Debinha (ambas do North Carolina Courage, dos Estados Unidos) estão em pré-temporada.
Nomes como a zagueira Rafaelle, a lateral Tamires, a volante Angelina e a atacante Marta, normalmente titulares com Pia, iniciaram a partida anterior no banco. Das quatro, Rafaelle (quatro jogos pelo Arsenal, da Inglaterra) e Tamires (três pelo Corinthians) são as únicas que tinham atuado neste ano. Marta, do Orlando Pride (EUA), não jogava desde outubro e estreou em 2022 justamente contra a Holanda, entrando no segundo tempo e fazendo o gol brasileiro, de pênalti. Angelina, do OL Reign (EUA), ainda não foi a campo na temporada.
O confronto deste sábado (19) será contra um adversário indigesto. Em dez confrontos, o Brasil nunca venceu a França no futebol feminino. São cinco empates e cinco derrotas. Em 2019, na Copa do Mundo sediada em território francês, as anfitriãs eliminaram as brasileiras então dirigidas pelo técnico Vadão nas oitavas de final, ao vencerem por 2 a 1, na prorrogação. No ano seguinte, sob comando de Pia, a equipe canarinho perdeu das rivais por 1 a 0, na edição daquele ano do torneio amistoso organizado pelas francesas.
“É hora de tentarmos mudar um pouco essa história. Estamos nos preparando. Assisti aos últimos jogos da França, principalmente o mais recente, contra a Finlândia [vitória por 5 a 0 na última quarta]. Será importante frearmos as investidas ofensivas delas, por exemplo, no um contra um. Se fizermos isso bem e estivermos compactadas, teremos a chance de propor o jogo ofensivo, porque essa é uma boa maneira de se fazer um bom jogo. Não precisamos defender se temos um bom ataque”, analisou a treinadora.
(Agência Brasil)