O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, alertou nesta segunda-feira (7) que até 5 milhões de refugiados ucranianos podem fugir em direção aos países do bloco. “Essa é uma estimativa razoável. Não vimos um movimento tão grande de refugiados desde o final da Segunda Guerra Mundial”, disse Borrell, segundo o site da DW.
O diplomata ainda informou que a União Europeia separou cerca de 100 milhões de euros para custear a resposta à primeira onda de refugiados.
Na semana passada, os países da União Europeia chegaram a um acordo para conceder residência temporária a refugiados ucranianos da guerra. A medida de proteção temporária também será estendida aos deslocados internacionais que sejam de outras nacionalidades.
De acordo com a Agência de Refugiados das Nações Unidas, cerca de 2 milhões de pessoas já deixaram a Ucrânia, a maioria seguindo para a Polônia. A ONU também estima que o número de deslocados internos na Ucrânia pode chegar a 12 milhões. Segundo o alto comissário da agência, Filippo Grandi, esta pode ser a maior crise de refugiados da Europa neste século.
“Hoje, a saída de refugiados da Ucrânia chega a dois milhões de pessoas. Dois milhões.”
Today the outflow of refugees from Ukraine reaches two million people.
— Filippo Grandi (@FilippoGrandi) March 8, 2022
Two million.
Entenda a guerra da Ucrânia
As tropas da Rússia começaram a invadir a Ucrânia na quinta-feira (24) após ordem do presidente Vladimir Putin. O exército russo faz ofensivas por terra, ar e mar contra pontos estratégicos ucranianos, incluindo a capital Kiev e Kharkiv, segunda maior cidade do país.
Militares russos também conquistam terreno no sul da Ucrânia. Pelo menos uma cidade portuária, Kherson, já foi tomada por eles.
Um dos fatores que desencadeou o conflito foi a possibilidade da Ucrânia entrar na OTAN, aliança militar do Ocidente. O presidente russo Vladimir Putin não admite a possibilidade e exige que a Ucrânia se comprometa a nunca entrar na organização.
O líder russo também argumenta que está realizando uma “operação especial” para proteger os russos que vivem em território ucraniano. Ao mesmo tempo, Putin diz que a Ucrânia está sob controle estrangeiro e que não merece ser um país independente.