A PepsiCo Inc disse nesta terça-feira, 08, que suspendeu as vendas de seus refrigerantes na Rússia. Essa é mais uma das marcas de consumo ocidentais que reduz as operações na região após a invasão da Ucrânia por Moscou.
A PepsiCo disse que continuará vendendo produtos essenciais diários na Rússia, como leite e produtos lácteos, fórmulas e alimentos infantis, segundo a Reuters.
O faturamento da companhia no país foi de US$ 3,4 bilhões em 2021, o que faz desse o terceiro maior mercado global, atrás apenas de Estados Unidos e México.
A empresa tem 20 mil funcionários na Rússia, em 24 fábricas e três centros de distribuição, de acordo com o site Exame.
História de décadas
Em 1974, a Pepsi abriu uma fábrica na União Soviética, com uma vantagem de quase duas décadas para a rival Coca-Cola. Mas foi uma aventura que demandou concessões.
O pagamento pelos produtos sempre foi um ponto de tensão, uma vez que o mercado financeiro russo não estava conectado, e o dinheiro não era aceito no Ocidente.
A União Soviética chegou a pagar a Pepsi com vodca. As sanções aos soviéticos aumentaram após a invasão do Afeganistão, em 1979, o que levou os americanos a aumentar o recebimento de vodca para mais de 1 milhão de garrafas por ano.
No fim dos anos 1980, a conta ficou tão desbalanceada que os russos ofereceram um pagamento bem inusitado: equipamento bélico. Um acordo cedeu à Pepsi 17 submarinos, um cruzeiro, uma fragata e um destroyer.
Por um momento, a Pepsi chegou a ser dona da sexta maior marinha da Terra, antes de vender os equipamentos para a Suécia.
*reportagem original em:https://exame.com/negocios/submarinos-vodka-e-amor-pepsi-pode-encerrar-louca-trajetoria-na-russia/