‘Não nos leve de volta a 1917’, diz bilionário russo a Putin

Putin disse na quinta (10) que apoia um plano para introduzir “gestão externa” de empresas estrangeiras que deixam a Rússia

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Vladmir Putin em 2019. (Crédito: Sean Gallup/Getty Images)

O ​​bilionário russo, Vladimir Potanin, afirmou ser contra o confisco de ativos de empresas que fugiram após a invasão da Ucrânia, argumentando que tal medida atrasaria o país em mais de 100 anos.

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Potanin, homem mais rico da Rússia, é presidente da gigante de metais Norilsk Nickel e disse que a Rússia corre o risco de voltar aos dias tumultuados da Revolução de 1917 se fechar as portas para empresas e investidores ocidentais.

O bilionário russo aconselhou o Kremlin a proceder com extrema cautela em relação à apreensão de bens. “Em primeiro lugar, nos levaria de volta cem anos, até 1917, e as consequências de tal passo — desconfiança global da Rússia por parte dos investidores — experimentaríamos por muitas décadas”, disse ele em mensagem postada na conta do Telegram da Norilsk Nickel na quinta-feira (9).

“Em segundo lugar, a decisão de muitas empresas de suspender as operações na Rússia é, eu diria, um tanto emocional por natureza e pode ter sido tomada como resultado de uma pressão sem precedentes da opinião pública no exterior. Provavelmente elas irão voltar e, pessoalmente, eu manteria essa oportunidade aberta”, acrescentou.

Segundo a Bloomberg, o bilionário russo perdeu cerca de um quarto de sua fortuna este ano com a queda das ações da Norilsk Nickel. As ações da empresa, por exemplo, perderam mais de 90% nas negociações de Londres antes de serem suspensas este mês, apesar da alta nos preços de suas commodities.

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A Norilsk Nickel é a maior produtora mundial de paládio e níquel de alta qualidade, bem como uma importante produtora de platina e cobre. A empresa e seus produtos primários escaparam das sanções punitivas impostas pelos países ocidentais que atingiram a economia russa.

Tradução do post de Giles Udy no Twitter: ”Vladimir Potanin, proprietário de fato do grande conglomerado de metais Norilsk Nickel, expressa seus temores de que suas futuras relações de exportação e investimento estejam em perigo se o Kremlin expropriar todas as empresas estrangeiras que suspenderam suas operações na Rússia. “De volta a 1917”

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