O presidente russo, Vladimir Putin, supostamente “dispensou e prendeu” pelo menos oito generais do Estado-Maior do Exército, furioso com as dificuldades encontradas pelo avanço da invasão russa na Ucrânia, de acordo com Oleksiy Danilov, secretário de Defesa ucraniano.
Segundo o chefe do conselho de segurança, Putin teria tomado a decisão de removê-los como resultado da estratégia fracassada que levou o exército russo a pesadas perdas no campo de batalha.
“Sua liderança mudou, cerca de 8 generais foram removidos de seus cargos porque não cumpriram suas tarefas. Entendemos claramente o que está acontecendo na Rússia. Além disso, posso dizer que eles estão desesperados”, disse Danilov à mídia local.
O secretário acrescentou que a Ucrânia “entende claramente quais os planos que o inimigo tem agora” e garante que a Rússia queria concluir a invasão em apenas 48 e 72 horas, “Eles queriam vencer em 2-3 dias e marchar pela Khreshchatyk [rua principal de Kiev]. Isso não aconteceu e nunca acontecerá”, disse ele.
Por causa dessa situação imprevista para a Rússia, diz Danilov, os propagandistas russos reconfiguraram sua retórica em relação à Ucrânia.
“Mesmo alguém como Solovyov e muitos outros patifes estão recuando e começando a falar sobre o que deu errado e dizem que não achavam que esta é uma nação, as pessoas resistiriam tanto, etc”, disse o chefe de defesa.
Por outro lado, o presidente russo ficaria chateado com os chefes do Serviço Federal de Segurança (FSB) por um relatório de inteligência sobre a situação na Ucrânia. O relatório afirmava que o país era fraco, atormentado por grupos neonazistas e que se renderia facilmente a um ataque.
Além disso, um ex-oficial sênior da inteligência britânica disse ao The Times que Putin está “muito zangado” e culpando suas agências de inteligência.
“Ele os culpa por plantar o conselho que levou a más tomadas de decisão na Ucrânia”, disse Philip Ingram ao jornal britânico.
Nas últimas horas, Putin recebeu outro duro golpe com o assassinato do terceiro general da Rússia. Este é o major-general Andrei Kolesnikov do 29º Exército de Armas Combinadas nesta sexta-feira (11).
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Perfil Brasil.
*Texto publicado originalmente no site Perfil Argentina.