O presidente Volodymyr Zelensky, deu uma entrevista a quatro jornalistas russos independentes, no domingo (27). Antes de sua entrevista começar, o Roskomnadzor, órgão regulador estatal de mídia da Rússia, havia proibido repercussões da fala do presidente ucraniano.
Os jornalistas eram dos principais meios de comunicação independentes: Meduza, Dozhd e Kommersant. Mikhail Zygar, jornalista e autor do livro “All the Kremlin’s Men” também participou da discussão. Segundo o Moscow Times os veículos Meduza e Dozhd foram bloqueados na Rússia por “divulgar notícias falsas”.
Mesmo com a lei sobre a divulgação de “fake news” sobre a invasão da Rússia na Ucrânia com até 15 anos de prisão, Meduza e Dozhd publicaram a entrevista, de acordo com o Moscow Times, que está disponível nos sites e canais dos veículos no YouTube.
Durante a entrevista de 90 minutos, Zelensky comentou que estava em contato com algumas pessoas da Rússia e agradeceu o apoio aos russos contra a invasão na Ucrânia. Ele também falou bastante sobre as negociações entre a Ucrânia e a Rússia, se mostrando aberto a uma neutralidade. O presidente ucraniano comentou ainda sobre a censura prévia com os jornalistas e mais tarde publicou um vídeo dizendo que “a proibição seria ridícula se não fosse tão trágica”.
Conflito Rússia e Ucrânia
No dia 24 e fevereiro, o governo russo invadiu a Ucrânia e bombardeou regiões do país. Após várias ameaças, Vladimir Putin autorizou os ataques por terra, ar e mar. Um dos motivos desta invasão é a aproximação da Ucrânia com o Ocidente.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin não aceita que a Ucrânia entre para OTAN. Além disso, Putin quer aumentar o seu poder de influência na região. A Rússia e a Ucrânia já passaram por outros conflitos. Por mais que hoje, a Ucrânia seja independente, sua relação com a Rússia não é totalmente resolvida.
“A Rússia deve saber a verdade. Jornalistas russos do canal do YouTube Zygar, do canal de TV Dozhd, do portal Medusa e das publicações Kommersant e Novaya Gazeta receberam respostas a todas as perguntas. Claramente nas prateleiras.”