A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, nesta terça-feira (5), os nomes de Diogo Abry Guillen e Renato Dias de Brito Gomes para a diretoria do Banco Central (BC). Agora, as indicações serão analisadas pelo plenário da Casa.
Dias Gomes será o responsável pela diretoria de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do BC. Já Guillen deve assumir a cadeira de diretor de Política Econômica, no lugar de Fábio Kanczuk.
Na mesma sessão também foram aprovados os nomes de Alexandro Barreto de Souza e Victor Oliveira Fernandes para o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), com mandato de quatro anos.
Ainda na tarde de hoje (5), a CAE segue reunida para sabatinar outros dois indicados: Juliana Oliveira Domingues, para o cargo de Procuradora-Chefe da Procuradoria Federal Especializada junto ao Cade, e João Carlos Andrade Uzêda Accioly, para a diretoria da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
CAE aprova duas indicações para o Cade, que vão ao Plenário https://t.co/8eb1t67Rs9 pic.twitter.com/6ECsLyqBIQ
— Senado Federal (@SenadoFederal) April 5, 2022
BC diz que 2022 deve fechar com inflação de 7,1%
O Banco Central (BC) elevou a estimativa de inflação para este ano. A revisão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 4,7% para 7,1%, ficando acima do centro da meta definida para 2022: 3,5%. A nova estimativa consta do Relatório de Inflação divulgado hoje (24), em Brasília, pelo BC e aponta que a probabilidade de estouro da meta varia de 88% a 97%.
Segundo a publicação, a instituição trabalha com dois cenários. No primeiro, considerado “de referência”, as projeções de inflação para 2022 ficam em torno de 10,6% nos dois primeiros trimestres do ano, caindo para 7,1% no fim do ano e para 3,4% em 2023. Esse cenário tem a probabilidade de estouro da meta de 97% e prevê que a taxa básica de juros, a Selic, feche o ano em 12,75%, caindo para 8,75% ao ano em 2023.
Já o segundo cenário, considerado alternativo, prevê que a inflação feche 2022 em 6,3%, caindo para 3,1% em 2023. Esse ambiente considera a hipótese de uma queda no preço internacional do petróleo, diminuindo o impacto do produto na alta dos preços no país. Nesse aspecto, o BC adota a premissa na qual o preço do petróleo segue aproximadamente a curva futura de mercado até o fim de 2022, terminando o ano em US$ 100 o barril e passando a aumentar 2% ao ano a partir de janeiro de 2023. A probabilidade de furar a meta é de 88%.