Depois de um vídeo gravado no Intermed (Jogos Universitários de Medicina RJ-ES) mostrando alunos de medicina usando a frase “não tenho culpa se seu pai é motoboy” como grito de guerra viralizar, a prefeitura de Vassouras (RJ), cidade que recepcionou o evento, informou que baniu os alunos e multou a instituição de ensino.
Os alunos que aparecem no vídeo foram identificados como sendo do campi Itaperuna (RJ) da Unig (Universidade de Iguaçu). O prefeito de Vassouras, Severino Dias (DEM) informou que não recepcionará mais os estudantes desse campi em sua cidade. “Essa faculdade não participa mais de jogos aqui na nossa cidade. Os estudantes são bem-vindos aqui, mas têm que ter respeito, principalmente respeito com o ser humano“, afirmou.
Além da decisão de não receber mais os alunos, a Unig Itaperuna será multada pelo município. O valor da multa não foi informado em detalhes, mas Dias afirmou que o dinheiro arrecadado será convertido para comprar uma moto que será sorteada entre os motoboys da cidade, classe que foi ofendida pelos alunos de medicina.
Na terça-feira (11), a Unig publicou uma nota de repúdio em relação ao comportamento de seus alunos. “À luz dos acontecimentos ocorridos em Vassouras (RJ) no dia 7 de outubro, a Unig esclarece que é contra e repudia veementemente qualquer tipo de discriminação, inclusive por classe social ou condição financeira, e que lamenta profundamente o episódio. A intolerância, em qualquer de suas modalidades, só se presta a dividir ainda mais nossa sociedade, que, mais do que nunca, precisa de respeito, integração e união. A Unig esclarece, ainda, que não tem ingerência sobre frases ditas por seus alunos, principalmente em ambiente externo – não conseguindo, portanto, evitá-las -, mas que, diante dos fatos e das disposições de seu código de ética e conduta, adotará todas as providências possíveis para que episódios similares não se repitam, pois, contrários aos princípios pregados pela universidade”, diz o comunicado.
“Não tenho culpa se seu pai é motoboy”; grito de alunos de medicina revolta internet