Nesta terça-feira (25), a marca de roupas esportivas Adidas encerrou sua parceria que mantinha há uma década com o rapper norte-americano Kanye West. O anúncio veio após a publicação de falas antissemitas pelo músico.
Em um comunicado, a empresa afirmou que “não tolera antissemitismo e qualquer outro tipo de discurso de ódio” e que os comentários recentes do rapper foram “inaceitáveis, odiosos e perigosos”. “[Os comentários] violam os valores da empresa de diversidade e inclusão, respeito mútuo e justiça”, disse em nota.
No início do mês, a Adidas já tinha informado que estava reavaliando a parceria com o músico, depois de ele ter criticado as ações comerciais da empresa. “Após uma revisão completa, a empresa tomou a decisão de encerrar a parceria com Ye [como Kanye é chamado atualmente] imediatamente, encerrar a produção de produtos da marca Yeezy e interromper todos os pagamentos a Ye e suas empresas”, diz ainda a nota.
O fim da parceria e da produção de produtos da marca Yeezy, bem como interromper todos os pagamentos a Kanye West e suas empresas, “terá um impacto negativo de curto prazo de até 250 milhões de dólares” no resultado líquido da Adidas este ano.
A Adidas é parceira de West desde 2013, quando a empresa fechou sua marca com a rival Nike. Em 2016, ampliou seu relacionamento com o rapper, chamando-o de “a parceria mais significativa já criada entre um não-atleta e uma marca atlética”.
Kanye West causou polêmica nos últimos meses com declarações antissemitas e comentários supremacistas brancos. Ele chegou a usar uma camiseta com a frase “White Lives Matter” em público, categorizada como um “slogan de ódio” usado por grupos supremacistas brancos, incluindo a Ku Klux Klan.