A Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (Dot) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) apreendeu, nesta quarta-feira (1º), cerca de R$ 68 mil em uma caixa de papelão em um mercado de Ceilândia, no DF. A medida foi cumprida no âmbito da Operação Vegetalis.
A operação se iniciou em 2017 e apura uma possível lavagem de dinheiro por parte dos representantes de uma empresa do setor de alimentos do tipo “verdurão”. A empresa movimentou R$ 17,7 milhões num período de quatro anos.
Operação Vegetalis
Já foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e sequestro de bens no Distrito Federal, em Minas Gerais e em Goiás, abrangendo empresas envolvidas e as residências dos investigados.
Segundo as investigações, os beneficiários do esquema são integrantes de uma mesma família de empresários que possuem atividades em diversos ramos da economia formal, como o setor de alimentos, assessoria imobiliária e clínica de emagrecimento.
Nas investigações, foi detectada uma inconsistência na origem de recursos que foram movimentados em altíssimos volumes por uma empresa pequena, sem ter havido quaisquer declarações prestadas às autoridades fazendárias.
Segundo a polícia, há um indicativo de incompatibilidade entre o padrão de vida declarado por alguns dos investigados e os montantes movimentados na conta-corrente vinculada à empresa central da investigação.
Foi dito que as investigações mostraram fortes os indícios do envolvimento de integrantes da família de empresários com as movimentações financeiras ocorridas no “verdurão”, que indicam possíveis ocorrências de sonegação fiscal e de comercialização irregular de vale-alimentação por intermédio dessa empresa de fachada.
De acordo com a polícia, as buscas têm o objetivo de consolidar os elementos das investigações para que o inquérito possa ser concluído. Os investigadores buscam a definição efetiva da participação de cada integrante do grupo criminoso, identificar outros envolvidos, além de realizar a apreensão de bens e valores para ressarcimento futuros.
Os suspeitos estão sendo investigados pela possível prática de crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de bens, direitos e valores. Caso eles sejam condenados, podem pegar até 23 anos de prisão.