O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirmou que o orçamento disponível para o pagamento de benefícios previdenciários é insuficiente para zerar a fila do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), uma promessa de campanha do presidente Lula. O tema foi abordado durante reunião, nesta segunda-feira, entre Lupi e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O orçamento deste ano abarca os benefícios previdenciários antigos e mais cerca de 1 milhão advindos do crescimento vegetativo esperado, mas não o estoque de pedidos represados, explicou o titular da Previdência.
“Para o que está sendo previsto de crescimento vegetativo – de um milhão, 1,1 milhão, que todo ano cresce, entre aposentados, pensionistas, beneficiários da Previdência – está previsto e orçado”, disse Lupi. “Além do crescimento vegetativo por ano, que é um milhão, você vai ter de 800 a 900 mil a mais, então nós temos também que encontrar uma solução para o pagamento”, disse Lupi.
Quando perguntado se há risco de faltar dinheiro para o pagamento de benefícios até o fim de 2023, o ministro negou. “Nós estamos com essa previsão com muita antecedência justamente para a gente estudar as formas e maneiras para encontrar saída.”
Lupi também reforçou o compromisso do governo de, até o fim do ano, fazer a análise dos pedidos em até 45 dias, prazo legal, porém, que não é cumprido, o que gera a fila de pedidos represados.
Uma das medidas do governo para “zerar a fila” do INSS é o pagamento de bônus a servidores que fazem a perícias. De acordo com o ministro, o pagamento será feito a partir de maio.
“A partir do mês que vem, deve ter o bônus. Com isso, dobra-se a capacidade de produção. Então, acho que, em seis meses, eu consigo colocar as filas até dezembro em 45 dias, que é o prazo estipulado legalmente”, afirmou após a reunião com Haddad.
Curiosamente, após a medida do Ministro Carlos Lupi de baixar a taxa de juros para empréstimos consignados no INSS, inesperadamente, diversos bancos estão cobrando taxa menores que 1,8%. Ué, mas se aplicassem essa taxa não iriam quebrar?
Março /// Janeiro pic.twitter.com/9ajhlFpM3f— Matheus Felippe (@matheusfelipper) April 18, 2023