O Ibovespa fechou em queda de 0,53% nesta sexta-feira (15), aos 118.757 pontos, pressionado pelo cenário externo.
No dia anterior, o Ibovespa fechou em alta de 1,03%, aos 119.392 pontos, no maior patamar em mais de um mês. Com o resultado de hoje, o índice passou a acumular altas de 2,99% na semana, 2,61% no mês e de 8,22% no ano.
“Tivemos uma sessão pressionada pelo humor externo, bem como por vencimento de opções, o que adicionou volatilidade tanto aqui quanto lá fora”, disse ao portal Infomoney, Anderson Meneses, CEO da Alkin Research.
No exterior a sexta-feira, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq recuaram, respectivamente, 0,83%, 1,22% e 1,56%. Por lá, investidores estão analisando os últimos dados macroeconômicos, que vieram mistos, antes de o Federal Reserve trazer sua decisão monetária na próxima quarta-feira (20).
O consenso do mercado espera por uma manutenção das taxas de juros, mas os investidores estão ansiosos é pelo comunicado e a entrevista coletiva de Jerome Powell, após a divulgação, quando podem ser dadas pistas sobre os passos da reunião de novembro do Fed.
“A queda desta sexta-feira de certa forma foi uma realização dos lucros recentes, que ganhou amparo na queda dos índices de Nova York”, afirmou Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos, ao site Infomoney.
“Os juros futuros (DIs) foram puxados pela combinação dos dados de atividade mais fortes, tanto no Brasil e quanto nos EUA, o que pressiona as perspectivas de atuação mais dovish dos bancos centrais.”
Dólar
A moeda norte-americana recuou 0,03%, vendida a R$ 4,8706, nesta sexta-feira (15), com um otimismo que vem do outro lado do mundo após a China divulgar uma série de dados econômicos que vieram melhores do que o esperado.
Em contrapartida, a greve simultânea em três das maiores montadoras dos Estados Unidos (General Motors (GM), Ford e Stellantis) pesa sobre os negócios, impedindo um recuo mais acentuado da moeda.
Na semana, o dólar acumulou perdas de 2,24%.
O cenário fiscal brasileiro e a expectativa pelas decisões de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e do Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima semana, também ficaram no radar.