A declaração do general da reserva aconteceu durante depoimento à CPI dos Atos Golpistas, após um questionamento formulado pela relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
Declaração à Polícia Federal
À Polícia Federal, Mauro Cid disse que Bolsonaro teria se reunido com integrantes da Marinha e do Exército. Nesses encontros, o ex-presidente falou supostamente sobre uma “minuta de golpe”, que previa ilegalidades, como afastamento de autoridades.
O ex-ajudante de ordens ainda afirmou que o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, que supostamente estava na reunião, teria manifestado apoio à ideia. O general foi questionado sobre ocorrência dessa reunião e declarou:
“Não [tive conhecimento]. E eu quero esclarecer que o tenente-coronel Mauro Cid não participava de reuniões. Ele era o ajudante de ordens do presidente. Não existe essa figura do ajudante de ordens sentar em uma reunião com os comandantes de força e participar da reunião. Isso é fantasia. É fantasia”.
Vazamento da delação?
Heleno também criticou a divulgação de trechos da delação de Mauro Cid. “Me estranha muito, porque a delação está ainda sigilosa. Ninguém sabe o que o Cid falou”, declarou o ex-GSI.
Minuta do golpe
No depoimento, Augusto Heleno foi questionado sobre a existência de um documento com diretrizes para o estabelecimento de um golpe de Estado no Brasil.
“Nunca. Nunca nem ouvi falar. Eu estou sobre juramento. O presidente da República disse várias vezes, na minha presença, que jogaria dentro das quatro linhas da Constituição. E eu não tive a intenção de fazê-lo sair das quatro linhas”, disse.
Em determinado momento, o general Augusto Heleno se irritou com as perguntas da relatora.
🇧🇷 Após ser questionado se as eleições foram fraudadas, General Augusto Heleno se irrita com a relatora, senadora Eliziane Gama, e solta palavrões na CPMI do 8 de Janeiro. pic.twitter.com/1xgW8OHMpX
— Eixo Político (@eixopolitico) September 26, 2023