A Polícia Federal (PF) de São Paulo deflagrou nesta quinta-feira (14) uma grande operação contra supostos integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) suspeitos de organizar um plano de sequestros e atendados contra autoridades.
Entre os alvos do grupo estavam os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD- MG), além do senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Ao todo, são 16 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva para o grupo criminoso.
Policiais militares também participam da operação, batizada de “Irrestrita”, em alusão à célula dentro do PCC chamada de “Sintonia Restrita”. Ela atua com planos de ataques e mortes de autoridades, como policiais, promotores, delegados e políticos.
O objetivo do grupo criminoso com a intitulada “Missão Brasília” era levantar endereços de autoridades e realizar sequestros para pedir a libertação de chefes do PCC que estão presos em penitenciárias de segurança máxima.
Eles vigiavam horários e até a quantidade de seguranças. De maio a julho deste ano, a facção gastou cerca de R$ 2,5 mil por mês com o aluguel de uma casa na capital federal. O local serviu de base para os criminosos.
O bando também teria gastado R$ 4 mil com transportes por aplicativo, durante 15 dias, para “correr atrás de terreno para compra”, além de R$ 44 mil em gastos como compra de aparelhos celulares, seguro, IPTU, alimentação, mobília e compra de eletroeletrônicos.
A origem da apuração foi um relatório de inteligência do Ministério Público de São Paulo (MPSP), entregue pelo Ministério Público de SP ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e ao chefe de segurança do STF.
A PF informou que a operação desta quinta-feira visa desmantelar essa célula, que também age na prática de homicídios contra rivais e terceiros, bem como compra e venda de armas de fogo ilegais. Foram encontradas imagens e comentários feitos pelos criminosos sobre as residências oficiais dos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados.
*sob supervisão de Camila Godoi