A ex-jornalista de televisão, Yekaterina Duntsova, que anunciou sua campanha independente às eleições para presidência da Rússia, foi proibida pela Comissão Eleitoral Central do país a concorrer contra o atual presidente Vladimir Putin. Segundo relatos, o órgão alega “erros nos documentos”.
A mulher, de 40 anos, declarou seus planos de acabar com a guerra na Ucrânia e a liberação de prisioneiros políticos como o opositor de Putin, Alexei Navalny, que cumpre pena de 30 anos. No aplicativo Telegram, ela anunciou que apelará contra a decisão na Suprema Corte da Rússia. “Não acabou”, disse. Entretanto, qualquer candidatura de oposição ao governo tem chances mínimas de aprovação.
Ekaterina Duntsova, 40, from Tver region, editor-in-chief of the local TV studio, local politician and mom of three, has announced her candidacy for the Russian presidential “elections” next spring.
I will watch the situation with her carefully and will report here about news… pic.twitter.com/gBvxFetjrS
— Anton Gerashchenko (@Gerashchenko_en) December 18, 2023
Ao se perguntada se a Comissão Eleitoral Central da Rússia a permitiria concorrer contra Putin, Duntsova protestou o fato de ter que pedir permissão, dado que era seu direito “de acordo com a lei”. Segundo a chefe da comissão, Ella Pamfilova, até este sábado, 29 pessoas se registraram para concorrer ao cargo.
Em entrevista com a Reuters, no mês passado, Duntsova afirmou seu “medo” de opor-se a Putin: “Qualquer pessoa sã, ao tomar esta decisão, estaria com medo, mas o medo não pode vencer”.
As eleições ocorrerão no dia 17 de março de 2024 e espera-se mais uma vitória de Putin, que já está no poder há 24 anos. Segundo o Kremlin, o atual presidente deve angariar cerca de 80% dos votos.