O grupo extremista palestino Hamas declarou seu apoio ao Irã após o país direcionar drones e mísseis a Israel, citando o “direito natural” dos árabes do Oriente Médio à defesa “contra as agressões sionistas”.
“A operação militar conduzida pelo Irã contra a entidade Sionista é um direito natural e uma resposta devida ao crime de ataque ao consulado em Damasco“, disse o grupo. A fala refere-se à operação israelense que destruiu o consulado iraniano na capital síria, matando sete oficiais das forças do Irã, incluindo o comandante das Forças Quds, Mohammad Reza Zahedi.
As Forças de Defesa Israelenses (IDF, em inglês) afirmaram que os sistemas de defesa do país, incluindo o Domo de Ferro, conseguiram conter 99% dos equipamentos iranianos, fazendo com que o dano sofrido fosse mínimo. Após o ataque, o Irã considerou a situação como “concluída”, a não ser que haja uma resposta israelense. Nesse caso, os árabes ameaçaram uma resposta “consideravelmente mais severa”.
O Irã também avisou para os Estados Unidos não se envolverem na questão. Caso contrário, as bases norte-americanas na região “não estarão em segurança”. Mais cedo, o presidente estadunidense, Joe Biden, alertou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que não participará de uma investida israelense.
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Hamas rejeitou acordo de cessar-fogo
Após a escalada da crise, a agência de inteligência de Israel, a Mossad, informou que o Hamas não pretende mais seguir na negociação de um acordo de cessar-fogo no conflito em Gaza. Embora a Mossad não tenha provas da ligação direta entre os fatos, afirmou que o líder do Hamas, Yahya Sinwar, “continua explorando a tensão com o Irã”.
Antes disso, havia um otimismo sobre um eventual acordo entre as duas partes, com a liberação dos reféns capturados pelo Hamas em troca de prisioneiros palestinos. O ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, disse, à época, que “estava mais otimista do que antes”.