SEGURANÇA EM XEQUE

Diretor da inteligência militar de Israel renuncia por falha em prever ataque do Hamas

Na carta de renúncia, o general Aharon Haliva assume a responsabilidade e afirma que carregará para “sempre a terrível dor da guerra”

Diretor da inteligência militar de Israel renuncia por falha em prever ataque do Hamas
O general Aharon Haliva – Crédito: Reprodução/Wikimedia Commons

O diretor do serviço de inteligência militar israelense, general Aharon Haliva, pediu demissão nesta segunda-feira (22) por sua responsabilidade no ataque terrorista promovido pelo Hamas em 7 de outubro.

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O comandante é o primeiro oficial de alto escalão a renunciar ao cargo pelas falhas de segurança que permitiram o ataque sem precedentes do Hamas, que abalou Israel.

O general Haliva, “em coordenação com o comandante do Estado-Maior, solicitou o encerramento de suas funções devido a sua responsabilidade como diretor de inteligência nos eventos de 7 de outubro”, afirmou o Exército em um comunicado.

Carta do diretor da inteligência militar

“Foi decidido que o general Aharon Haliva deixará sua posição e vai deixar o Exército após a nomeação de seu sucessor”, acrescenta a nota. Na carta de renúncia, Haliva assume a responsabilidade e afirma que carregará para “sempre a terrível dor da guerra”.

“A divisão de inteligência sob meu comando não esteve à altura da tarefa que nos foi confiada”, afirmou Haliva. “Eu carrego aquele dia comigo desde então. Dia após dia, noite após noite. Carregarei para sempre a terrível dor da guerra”.

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Na carta divulgada, Haliva pede “uma investigação exaustiva sobre os fatores e circunstâncias” que levaram ao ataque.

Ataque do Hamas

O ataque do grupo Hamas de 7 de outubro desencadeou o conflito em Gaza entre Israel e os radicas islâmicos. Naeste dia, os terroristas assassinaram 1.170 pessoas e sequestraram 250, segundo um balanço da AFP baseado em dados divulgados pelas autoridades israelenses.

A ofensiva israelense em Gaza deixou 34.097 mortos, segundo o Ministério da Saúde do território palestino, governado pelo Hamas desde 2007.

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