Um luxuoso relógio de ouro, outrora pertencente ao magnata John Jacob Astor, morto no fatídico naufrágio do Titanic, está prestes a entrar para um leilão na Inglaterra. A estimativa da casa Henry Aldridge & Son, encarregada da transação, sugere que a peça possa alcançar o valor de até R$ 1 milhão.
Reconhecido como o passageiro mais abastado a bordo daquela icônica embarcação, o empresário americano, cuja fortuna ascendia a US$ 87 milhões, uma soma colossal para a época, foi testemunhado pela última vez desfrutando de um cigarro enquanto o navio sucumbia nas águas do Atlântico. Momentos antes, ele havia assegurado o lugar de sua esposa, Madeleine Talmage Astor, em um bote salva-vidas, porém foi impedido de embarcar.
Ver essa foto no Instagram
Enquanto Madeleine sobreviveu ao desastre, o corpo de Astor foi encontrado sete dias após o naufrágio. O relógio de bolso do magnata foi legado a seu filho, Vincent Astor, de 20 anos, que restaurou meticulosamente a peça de ouro de 14 quilates. Vincent continuou a portar o relógio até o ano de 1935, quando o presenteou a seu afilhado, William Dobbyn.
Posteriormente, nos anos 90, um colecionador, cuja identidade permaneceu oculta, adquiriu a relíquia da família Astor. Junto ao relógio, estão incluídos um par de abotoaduras de ouro e o plano de acomodação de primeira classe de John Jacob Astor.
Sobre o leilão
O leilão está sendo conduzido pela renomada casa Henry Aldridge & Son, especializada em artefatos relacionados ao naufrágio. O leiloeiro Andrew Aldridge expressou que o relógio é um dos itens mais marcantes do Titanic que já passaram por suas mãos. Os lances pela peça podem ser efetuados até o dia 27 deste mês.
Andrew Aldridge, o leiloeiro responsável pela ocasião, falou ao O Globo que o o relógio está em perfeitas condições: “não é surpreendente, considerando quem era seu proprietário original. No entanto, passou sete dias nas águas geladas do Atlântico após o desastre e quase certamente teria parado de funcionar e sofrido todo tipo de danos. Era obviamente de grande valor sentimental para Vincent Astor, que o restaurou e usou durante os 23 anos seguintes”.
* Sob supervisão de Lilian Coelho