Os salvamentos são realizados em conjunto com as polícias locais, mas também contam com o apoio fundamental de médicos voluntários de São Paulo.
O médico veterinário Leonardo Castro é comandante da equipe de voluntários que trabalham no 15º Grupamento de Bombeiros, em Sorocaba. Ele e mais quatro profissionais passaram uma semana no estado gaúcho e participaram do resgate de quase 40 animais, entre cavalos, bois, cães e gatos.
Além das mais de 1,1 mil pessoas resgatadas, mais de 200 animais já foram salvos pela atuação das forças de segurança paulista após ficarem ilhados pelas enchentes que atingiram o estado.
“Ser voluntário é estar de prontidão a todo momento. Às vezes, é o próprio Corpo de Bombeiros que nos chamam, em outras é a gente que se coloca à disposição. Quando soubemos do que estava acontecendo no Sul, não pensamos duas vezes. Foi uma iniciativa nossa”, disse Castro.
Salvamentos terrestre
O médico é especialista em resgate técnico de grandes animais, ou seja, quando o animal é resgatado sem nenhum tipo de lesão. Há quatro anos, dá aulas aos policiais na Escola Superior de Bombeiros (ESB) sobre instruções de salvamentos terrestre.
Apesar de já ter atuado em outros desastres naturais como nas enchentes no Espírito Santo e nas queimadas do Pantanal, em Mato Grosso do Sul, em 2020, Castro nunca tinha visto um “colapso generalizado de um estado inteiro”, que dificultou os salvamentos e exigiu um nível de preparo ainda maior.
Um dos desafios enfrentados foi o resgate do cavalo Caramelo, que começou a ser elaborado um dia antes pelas equipes.
“O cavalo tem um peso considerável e o telhado estava liso, então tivemos que fazer uma aproximação bem cautelosa para o animal não escorregar e cair na água”, comenta.
Foi a primeira vez que o médico participou de um resgate com essas condições.
* Texto com informações do portal Governo de São Paulo.