Para Maurício Gouvêa, CEO do Grupo Alubar, o modelo de transição de energia elétrica no Brasil em prol da sustentabilidade pode trazer um futuro promissor ao país. Durante o Seminário LIDER | Energia realizado na manhã desta terça-feira (21), o empresário destacou as conquistas desse modelo para o setor energético.
“Costumamos não valorizar o que fazemos de tão bom no Brasil. Nós temos uma forma de transmissão de energia que é quase única no mundo. Um país continental capaz de gerar energia em um local e consumir a 2 mil km de distância. Não é o que acontece no mundo”, explicou. “Isso nos faz enxergar um futuro muito promissor capaz de ter cada vez mais energia renovável”, disse ele.
O sistema de transmissão nacional não só permite a integração de fontes renováveis como a energia eólica e solar, mas também desempenha um papel fundamental na redução das emissões de gases estufa.“O crescimento da transmissão é crucial para a integração de fontes renováveis para permitir a transição energética com competitividade e confiabilidade”, lembrou Geraldo Pontelo, diretor-técnico da Associação Brasileira das Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (ABRATE).
Energia do Nordeste
Pontelo também mencionou um plano decenal para 2032. A meta é que o Nordeste apresente um aumento de 70% nas fontes sustentáveis.
Similarmente, Ludmilla Silva, superintendente de Concessões, Permissões e Autorizações dos Serviços
de Energia Elétrica da ANEEL, enfatizou o papel do Nordeste na geração de fontes renováveis . “O desafio com essa contínua expansão é como fazê-la, tem o atendimento a crescimento da carga, mas também a agregação de geração, o aumento do intercâmbio regional, conexão de sistemas isolados e aumento de confiabilidade. Temos uma malha grande e precisamos trabalhar para que ela continue entregando qualidade”, afirmou.
O setor elétrico brasileiro tem passado por transformações significativas, incluindo a desregulamentação, o estímulo à produção independente de energia e a criação de um mercado atacadista. Nesse cenário de mudanças, a geração distribuída e o uso de fontes renováveis despontam como alternativas promissoras para o futuro energético do Brasil, contribuindo para a diversificação da matriz energética e para a sustentabilidade do setor a longo prazo.