Carlos dos Santos Monteiro, dono de um bar de rock em São Paulo, morreu no último sábado (15) após defender uma funcionária de um cliente que a estava assediando.
Conhecido como “Nenê”, o homem de 58 anos era dono do Malta Rock Bar, localizado na Praça da Árvore. Ele era casado há mais de 20 anos com a esposa Luciana, e não tinha filhos. Clientes e frequentadores o descrevem como uma pessoa alegre e atenciosa.
Antes de montar o estabelecimento, Carlos já havia sido publicitário e gerente de algumas lojas varejistas. Nos anos 80, se tornou baterista e passou a se apresentar em baladas e festas de amigos.
Ele sempre quis ter seu próprio bar – especificamente, de rock. Comprou o espaço em 2020, e realizou obras no decorrer de 2021. O Malta Rock Bar começou a fazer sucesso em 2022 após o fim do isolamento social.
O bar recebe bandas de heavy metal e rock clássico, nacionais e internacionais. Além de possuir um estúdio próprio, também é um espaço com muitas festas de aniversário e shows ao vivo.
O crime contra o dono do bar
Na noite do último sábado, um cliente apresentou comportamento inconveniente, importunando frequentadores e funcionários. De acordo com testemunhas, ele assediou uma funcionária, e Carlos o expulsou do estabelecimento.
Do lado de fora, o homem pegou um canivete e atacou o dono do bar. O empresário não resistiu, e morreu no local. Pessoas que viram o crime desarmaram e imobilizaram o suspeito até que a Polícia Militar chegasse.
O agressor, que não teve seu nome revelado, foi preso preventivamente no domingo (17). Durante seu depoimento na delegacia, ficou em silêncio.
Mensagens de amigos
No perfil do Instagram do bar, diversos usuários deixaram comentários lamentando o ocorrido. “Nenê era um cara incrível, sempre gentil e atencioso. Um grande rockeiro e torcedor da Lusa. Que forma banal e cruel de se tirar a vida de um trabalhador dentro do seu bar, que ele tanto amava”, escreveu um internauta.
“Um homem super do bem, carismático e amigo, sempre com um sorriso no rosto. Não dá para aceitar tamanha maldade, tamanha crueldade e covardia. Muito obrigado por tudo, Nenê”, publicou outro amigo.
Siga a gente no Google Notícias