cotações

Em dia de ata do Copom, dólar fecha em nova alta

Ao final do pregão, a moeda norte-americana registrou avanço de 1,16%, cotada a R$ 5,4534

Nesta terça-feira (25), o dólar encerrou em alta, voltando ao patamar de R$ 5,45, impulsionado pelos sinais da política monetária brasileira presentes na ata mais recente do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada hoje.
Dados do mercado americano também influenciaram – Créditos: Valter Campanato/Agência brasil

Nesta terça-feira (25), o dólar encerrou em alta, voltando ao patamar de R$ 5,45, impulsionado pelos sinais da política monetária brasileira presentes na ata mais recente do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada hoje.

Publicidade

Ao final do pregão, a moeda norte-americana registrou avanço de 1,16%, cotada a R$ 5,4534, atingindo uma máxima de R$ 5,4564 durante o dia. Os investidores reagiram às perspectivas de manutenção da taxa Selic e aos desdobramentos econômicos locais e internacionais.

Com os resultados de hoje, o dólar acumula uma alta de 0,23% na semana, assim como um aumento de 3,89% no mês de junho. Em 2024, houve uma valorização de 12,38% da moeda em relação ao real.

Enquanto isso, o índice Ibovespa fechou o dia com leve queda de 0,25%, aos 122.331 pontos, refletindo a cautela dos investidores diante do cenário econômico misto.

O que fez o dólar movimentar?

A agenda nacional foi marcada pela divulgação da ata do Copom, que sinalizou uma pausa no ciclo de cortes da Selic, mantendo-a em 10,50% ao ano. A decisão, alinhada às expectativas de mercado, reflete uma postura cautelosa diante dos desafios econômicos e inflacionários atuais.

“O cenário das contas públicas continua sendo um grande desafio, especialmente em um contexto de aumento de gastos durante o período eleitoral”, destaca ao g1 Helena Veronese, economista-chefe da B. Side Investimentos. A preocupação com a inflação, que tem se mantido elevada, também impacta o mercado financeiro.

Publicidade

“A ata indica um aumento da incerteza e uma piora nas expectativas de inflação, o que coloca pressão adicional sobre a economia brasileira”, comenta Matheus Pizzani, economista da CM Capital.

Internacionalmente, a diretora do Federal Reserve, Michelle Bowman, reiterou a necessidade de manter as taxas de juros estáveis nos Estados Unidos para controlar a inflação. A política monetária norte-americana influencia os mercados emergentes, como o Brasil, afetando o câmbio e os investimentos.

Os próximos dias serão marcados pela divulgação de novos indicadores econômicos, como o IPCA-15 de junho e o índice PCE nos Estados Unidos, que devem orientar as decisões dos investidores no curto prazo.

Publicidade

Siga a gente no Google Notícias

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber grátis o Menu Executivo Perfil Brasil, com todo conteúdo, análises e a cobertura mais completa.

Grátis em sua caixa de entrada. Pode cancelar quando quiser.