Um ataque que ocorreu na capital da Somália, Mogadíscio, neste sábado (3), resultou na morte de pelo menos 32 pessoas. Um homem-bomba e atiradores realizaram o atentado em uma praia popular, conforme informou Abdifatah Adan Hassan, porta-voz da polícia. Cerca de 63 pessoas ficaram feridas, algumas em estado crítico.
De acordo com informações da imprensa local, o ataque foi perpetrado por militantes do grupo al-Shabab, que controla vastas áreas do sul e centro da Somália. Esse grupo, aliado à al-Qaeda, vem conduzindo uma insurgência contra o governo apoiado pela ONU na Somália há quase duas décadas.
🚨🇸🇴 AO MENOS 32 MORTOS EM ATAQUE EM PRAIA DE MOGADÍSCIO 🥹
O Al-Shabab, um grupo armado ligado à Al-Qaeda, assumiu a responsabilidade pelo ataque na praia de Lido, na capital da Somália, Mogadíscio.
5 agressores foram mortos pelas forças de segurança.
📰: @AlJazeera/@RawsGlobal pic.twitter.com/E9tVnWadtx— Prof. Carlos Teixeira 🙏🏿✊🏿 🚩 (@teixeiracds) August 3, 2024
Testemunhas descrevem cenas de pânico e caos logo após o início do tiroteio que sucedeu a explosão. Uma delas, Abdilatif Ali, relatou à agência de notícias AFP o terror vivenciado na praia: “Era difícil saber o que estava acontecendo, já que o tiroteio começou logo após a explosão”. Ele mencionou que algumas pessoas se jogaram ao chão em busca de abrigo, enquanto outras tentaram fugir.
“Vi pessoas feridas na praia. As pessoas estavam gritando em pânico e era difícil distinguir quem estava morto e quem ainda estava vivo”, acrescentou Ali. Pelo menos cinco pessoas estiveram envolvidas no ataque. Um dos criminosos se explodiu, três foram abatidos pela polícia e um dos atiradores foi capturado com vida.
Moussa Faki Mahamat, presidente da Comissão da União Africana, classificou o ataque como “horrível” e “cruel”. Ele enviou suas mais sinceras condolências às famílias das vítimas do atentado mortal na praia de Liido, um local frequentado por empresários e funcionários do governo.
Impacto nos hospitais locais após ataque
Os hospitais de Mogadíscio enfrentaram uma demanda crítica. Abdulkhaliq Osman, do hospital Kalkaal, informou à BBC que vários pacientes estão sendo atendidos, com 11 deles transferidos para a unidade de operações devido a ferimentos críticos. Outros pacientes com lesões menos graves foram liberados após o tratamento médico inicial.
Este ataque é o mais mortal na Somália desde outubro de 2022, quando explosões perto do Ministério da Educação e de um restaurante na capital resultaram na morte de pelo menos 100 pessoas e feriram outras 300.
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