MACHISMO NO FUTEBOL

Quem é a repórter Verônica Dalcanal, que foi assediada ao vivo na Olimpíada?

O feito ocorreu durante a 12ª rodada do Campeonato Brasileiro, quando Atlético-GO e Flamengo se enfrentaram em um jogo emocionante

A jornalista Verônica Dalcanal estava entre as integrantes dessa equipe pioneira e desempenhou um papel crucial na cobertura da partida
A jornalista Verônica Dalcanal estava entre as integrantes dessa equipe pioneira e desempenhou um papel crucial na cobertura da partida – Crédito: Reprodução

O feito ocorreu durante a 12ª rodada do Campeonato Brasileiro, quando Atlético-GO e Flamengo se enfrentaram em um jogo emocionante. A iniciativa de formar uma equipe só de mulheres para a cobertura foi vista como um passo relevante rumo à igualdade no jornalismo esportivo.

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As mulheres, que há muito tempo buscam mais espaço nesse meio, tiveram a oportunidade de mostrar suas habilidades e conhecimento em uma área dominada por homens. Esta transmissão histórica, conduzida por vozes femininas, representa uma conquista não apenas para elas, mas para todas as mulheres que almejam espaço e reconhecimento no esporte.

A primeira transmissão de uma partida de futebol feita por uma equipe totalmente feminina foi um evento cercado de expectativa e apoio. A jornalista Verônica Dalcanal estava entre as integrantes dessa equipe pioneira e desempenhou um papel crucial na cobertura da partida.

Infelizmente, após o jogo, Verônica foi vítima de assédio, suscitando uma onda de repúdio e solidariedade. Em suas redes sociais, ela expressou sua tristeza e indignação. “Acho triste que isso aconteça, especialmente nessa edição dos Jogos Olímpicos em Paris, 124 anos depois da primeira olimpíada, com as mulheres participando em igualdade. É uma pena que a gente não possa ter liberdade para trabalhar como os homens podem”, desabafou.

A repercussão do do assédio sofrido por Verônica Dalcanal

O episódio de assédio gerou uma onda de apoio à jornalista. A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República emitiu uma nota, condenando o ocorrido e oferendo todo o apoio necessário. “É inaceitável que jornalistas mulheres continuem sendo vítimas dessa violência. A Secom dará o apoio que se faça necessário nesse momento”, dizia a nota.

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O presidente da EBC, Jean Lima, também se solidarizou com Verônica, declarando ser “inadmissível que mulheres ainda sejam submetidas a esse tipo de agressão, principalmente jornalistas no exercício da sua profissão”. Já a diretora de jornalismo da EBC, Cidinha Matos, destacou que a agressão não foi apenas uma violência contra a jornalista, mas contra todas as mulheres e o espírito olímpico.

Além das manifestações oficiais, diversos profissionais da comunicação e esportes expressaram seu apoio a Verônica. Movimentos feministas também usaram o episódio para reforçar a luta por respeito e igualdade no ambiente de trabalho.

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