Ken Humano, auxiliar de pedreiro e, agora, frentista em um posto de combustíveis. Felipe Máximo, com 20 anos, já passou por inúmeras transformações internas e externas. Deixou as perucas, maquiagens e roupas coloridas para adotar um visual mais simples, com cavanhaque, óculos de lentes espelhadas e uniforme de trabalho. Ao g1, ele celebrou a nova fase na vida. “Como uma fênix, morri e nasci de novo“, contou.
Felipe revelou ter deixado Peruíbe, no litoral de São Paulo, há quatro meses, para morar em Diadema (SP) depois de passar por “questões familiares“. Longe da customização como o personagem do universo Barbie, que já foi considerado por ele um hobby e até uma “busca por identidade“, o jovem afirmou agarrar o novo trabalho com “unhas e dentes“.
“Sinto que, pela primeira vez, consegui uma oportunidade e, com paciência, vou conquistar uma máquina de lavar, um ventilador, e olhar para o meu lar sabendo que tenho segurança e conforto”, desabafou Felipe. “É o essencial, e venho buscando isso há muito tempo”.
A trajetória de Felipe em diversos empregos é vista por ele como um ato de “amor próprio“. Antes de ser contratado como frentista, trabalhou como auxiliar de cozinha em uma churrascaria em São Paulo. Ele relatou: “Me sinto bem, capaz, e tudo se encaixa e colabora para que eu venha a ter o meu sustento”.
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Quem é Felipe Máximo, o Ken Humano?
Ex-Ken Humano, Felipe Adam ou ‘Mr. Adam‘, como é conhecido, ganhou popularidade na internet ao compartilhar diversos conteúdos sobre sua “transformação” para ficar parecido com o boneco Ken. Em 2020, aos 16 anos, revelou ao g1 os planos de se submeter a 42 procedimentos cirúrgicos para se parecer cada vez mais com o personagem.
Em setembro de 2021, ele compartilhou nas redes sociais que havia abandonado o sonho das modificações corporais, embora ainda se caracterizasse como o boneco Ken usando maquiagem. Na ocasião, ele ainda não trabalhava em obras.
Felipe considera todas as suas experiências, boas ou ruins, como parte de seu crescimento. “Jamais vou me arrepender de ter vivido tudo isso. Olho para as fotos e vídeos e sinto como se fosse uma outra pessoa mesmo”, explicou. “Como uma fênix, morri e nasci de novo. Tive novas oportunidades e experiências. Tudo soma, de uma forma positiva ou negativa”.
Embora tenha deixado de lado a caracterização, ele não descartou uma nova caracterização para fins artísticos no futuro: “Como trabalho, toda aquela brincadeira e fantasia é válida”, comentou.