preocupações com a segurança

Líder separatista catalão volta à Bélgica após fugir da Espanha, afirma partido

Carles Puigdemont saiu novamente do país para evitar o mandado de prisão no território espanhol; ele planejava discursar no parlamento e influenciar o futuro da liderança regional da Catalunha

Depois de uma breve e inesperada aparição em Barcelona, Puigdemont conseguiu escapar novamente da polícia da Espanha.
Carles Puigdemont – Crédito: NurPhoto/Getty Imagens

O líder separatista catalão, Carles Puigdemont, retornou à Bélgica nesta sexta-feira (9). Depois de uma breve e inesperada aparição em Barcelona, mesmo com um mandado de prisão ativo contra ele, Puigdemont conseguiu escapar novamente da polícia da Espanha. A notícia foi confirmada pelo partido separatista Junts.

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Em entrevista à rádio RAC1, Jordi Turull, secretário-geral da legenda, afirmou que não sabia se Puigdemont já havia chegado a Waterloo, local onde vive em exílio autoimposto desde 2017, após liderar uma tentativa de independência da Catalunha.

Carles Puigdemont planejava participar de uma votação no parlamento catalão, que iria confirmar Salvador Illa como o novo líder do governo regional. No entanto, preocupações com a segurança o fizeram mudar de plano e deixar a Espanha rapidamente, conforme relatado por Turull.

O que motivou o retorno de Puigdemont?

Além de exercer seus direitos políticos, Puigdemont tinha a intenção de discursar no parlamento e influenciar o futuro da liderança regional da Catalunha. “Ele não veio para ser preso na Espanha, mas para exercer seus direitos políticos,” disse Jordi Turull, perdoado em 2021 após cumprir três anos de prisão por rebelião e outras acusações. A tensão aumentou ainda mais quando a Suprema Corte espanhola determinou que a lei de anistia não se aplicava a Puigdemont e dois outros acusados de desvio de dinheiro.

Posicionamento do governo da Espanha

O governo de Pedro Sánchez permanece em silêncio sobre a situação. O Ministro da Presidência, Félix Bolanos, afirmou que a operação está nas mãos da polícia catalã, conhecida como Mossos d’Esquadra. A postura reservada de Sánchez só aumenta a inquietação entre os opositores, que veem na anistia aos separatistas um ponto de discórdia.

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A Suprema Corte solicitou que os Mossos e o Ministério do Interior justifiquem a falha em prender um dos fugitivos mais notórios do país. O advogado de Puigdemont, Gonzalo Boye, confirmou que ele deixou a Espanha e faria uma declaração pública em breve.

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