CIBERESPIONAGEM

Google diz que membros das campanhas de Kamala e Trump foram alvos de hackers

Relatórios da empresa de tecnologia revelou que ataques partiram de grupos iranianos, que buscam influenciar as eleições

Relatórios da empresa de tecnologia revelou que ataques partiram de hackers iranianos, que buscam influenciar as eleições.
Microsoft também publicou relatório da influência de hackers estrangeiros – Créditos: Getty Images

O FBI revelou que está investigando ataques cibernéticos direcionados às campanhas de Kamala Harris e Donald Trump. Este anúncio segue uma série de relatórios de empresas como Google e Microsoft, detalhando as tentativas de hackers iranianos de comprometer informações sensíveis durante o ciclo eleitoral de 2024.

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Segundo a Google, os hackers identificados fazem parte do grupo APT42, associado à Guarda Revolucionária Iraniana. O grupo, descrito como um “ator de ameaça apoiado pelo governo do Irã“, tem como alvo contas de e-mail pessoais de indivíduos ligados à política dos EUA e Israel. A big tech estadunidense destacou que essas ações mostram os esforços agressivos do Irã para influenciar politicamente esses países.

A equipe de Kamala Harris denunciou tentativas de invasão cibernética. Os hacks foram detectados pela Google durante o acompanhamento das atividades do grupo APT42. Um funcionário da campanha de Harris confirmou a ação ao ser notificado pelo FBI sobre a operação estrangeira.

Por outro lado, a campanha de Donald Trump também confirmou ter sido alvo de um ataque hacker, após documentos confidenciais terem sido enviados a um jornal americano por um usuário anônimo. A campanha afirmou estar tomando todas as medidas necessárias para proteger suas informações.

Hackers iranianos e intervenções nas campanhas eleitorais

APT42 é um grupo de hackers iraniano considerado um dos principais atores em ciberespionagem no Oriente Médio. Eles são conhecidos por suas operações sofisticadas de phishing, que visam roubar informações sensíveis e comprometer contas de e-mail. A Google confirmou que várias tentativas de login nas contas de e-mail de pessoas afiliadas ao presidente Joe Biden e ao ex-presidente Donald Trump foram bloqueadas, protegendo informações vitais das campanhas.

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Segundo o relatório da Google, os hackers utilizam uma variedade de táticas para conseguir seus objetivos. Entre as técnicas empregadas estão:

  • Phishing: envio de e-mails fraudulentos para enganar os destinatários e roubar informações sensíveis.
  • Hospedagem de malware: uso de software malicioso que compromete a segurança dos sistemas.
  • Páginas de phishing: criação de sites falsos que imitam serviços legítimos para enganar os usuários.
  • Redirecionamentos maliciosos: redirecionar o tráfego da web para sites nocivos.

Além disso, os hackers tentam abusar de serviços populares como Google Drive, Gmail, Dropbox e OneDrive para distribuir seu malware e coletar dados.

Google e Microsoft estão colaborando estreitamente com autoridades americanas para monitorar e bloquear essas tentativas de hacking. Recentemente, a Microsoft relatou que as operações cibernéticas contra os EUA aumentou gradualmente nos últimos seis meses, devido a operações russas e iranianas.

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 “As operações de influência cibernética do Irã têm sido uma característica consistente de pelo menos os últimos três ciclos eleitorais dos EUA. As operações iranianas se destacaram e se diferenciaram das campanhas russas por aparecerem mais tarde na temporada eleitoral e por empregar ataques cibernéticos mais voltados para a condução da eleição do que para influenciar eleitores”, conta o relatório.

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