isolamento social

Mpox: OMS não aconselha confinamento

Em 14 de agosto, o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou a emergência global da doença

Após a OMS declarar a mpox como uma emergência de saúde pública, rumores sobre possíveis novos lockdowns ganharam força nas redes sociais.
Entidade não defende isolamento social em massa – Crédito: Canva Fotos

Após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar a mpox como uma emergência de saúde pública de importância internacional, rumores sobre possíveis novos lockdowns massivos ganharam força nas redes sociais. No entanto, a OMS não recomendou que os países adotassem medidas de isolamento social em larga escala para conter a propagação da doença, como ocorreu durante a pandemia de covid-19.

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Em 14 de agosto, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou a emergência global por mpox por meio do canal oficial da entidade no YouTube. Durante os 53 minutos de transmissão, Tedros não sugeriu a imposição de lockdowns em grande escala como forma de conter a disseminação do vírus. “A OMS vem trabalhando para conter o surto de mpox na África e alertando que o cenário é algo que deve preocupar a todos nós”, afirmou.

Tedros destacou a rápida propagação de uma nova variante da mpox detectada na República Democrática do Congo, além da identificação da mesma variante em países vizinhos que não haviam relatado casos anteriormente. “A detecção e a rápida disseminação de uma nova variante de mpox na República Democrática do Congo, a detecção dessa mesma variante em países vizinhos que não haviam reportado casos da doença anteriormente e o potencial de disseminação em toda a África e além são muito preocupantes”, disse o diretor-geral, pedindo uma resposta coordenada para evitar a escalada da crise e salvar vidas.

Dois dias após a declaração de emergência, um caso da nova variante foi confirmado na Suécia, o primeiro fora do continente africano. Tedros reforçou a necessidade de uma ação conjunta dos governos para enfrentar o vírus, sem, contudo, mencionar a adoção de lockdowns ou medidas de isolamento social em massa como estratégias de contenção.

Segundo a reportagem da Agência Brasil, por meio de seu perfil na rede social X, Tedros escreveu: “Encorajamos todos os países a ampliar a vigilância, compartilhar dados e trabalhar para compreender melhor a transmissão; a compartilhar ferramentas como vacinas; e a aplicar as lições aprendidas em emergências de saúde pública de interesse internacional anteriores”.

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Na segunda-feira, dia 19, a OMS divulgou uma série de recomendações temporárias direcionadas a países afetados por surtos de mpox, entre eles a República Democrática do Congo, Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda. As orientações incluem melhorar a coordenação da resposta à emergência em nível local e nacional, além de envolver organizações humanitárias em áreas de refugiados e regiões de insegurança.

Outro ponto destacado nas recomendações é o fortalecimento da vigilância, com a expansão do acesso a diagnósticos precisos e acessíveis, capazes de identificar as diferentes variantes de mpox em circulação. A OMS também recomenda que os países garantam suporte clínico, nutricional e psicossocial aos pacientes, incluindo, “quando justificado e possível”, o isolamento em unidades de saúde e orientações para cuidados domiciliares.

Por fim, a entidade sugere que os governos estabeleçam ou reforcem acordos de cooperação para a vigilância e gestão de casos de mpox em regiões fronteiriças, orientando viajantes e evitando, sempre que possível, restrições gerais ao fluxo de pessoas e mercadorias.

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