Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam que agosto é tradicionalmente o mês mais crítico para a ocorrência de queimadas em ao menos 16 estados do Brasil. No Amazonas, a situação é particularmente alarmante: pelo segundo ano seguido, o estado enfrenta uma estiagem severa, com a seca de 2024 iniciando antes do esperado e com previsões indicando que será ainda mais intensa do que a registrada em 2023.
Segundo a reportagem da Agência Brasil, diante desse cenário, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertou, nesta quarta-feira (28), que crianças e adolescentes são os grupos mais vulneráveis aos efeitos das queimadas. A organização emitiu diversas recomendações para enfrentar os dias de fumaça e alta poluição resultantes dos incêndios.
Luciana Phebo, coordenadora nacional de saúde do Unicef, enfatiza que “este é um período que exige muita atenção por parte dos pais, cuidadores e professores. As escolas devem evitar atividades ao ar livre e sempre manter um recipiente com água na sala de aula. Além disso, é preciso deixar disponível ou oferecer com frequência água para as crianças e evitar sucos açucarados. [Deve-se] dar muita fruta e garantir refeições mais leves.” Ela também ressalta que, nesta época do ano, é comum o aumento de casos de diarreias e infecções respiratórias.