A temperatura global da superfície em agosto foi 1,27°C acima da média do século XX, tornando-o o agosto mais quente de que há registro. Este mês marca 15 meses consecutivos de temperaturas globais recordes. Além das elevadas temperaturas, o período foi marcado por um aumento significativo de eventos meteorológicos extremos.
As anomalias combinadas de temperatura da superfície terrestre e do mar em agosto de 2024 alcançaram níveis preocupantes. De acordo com o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia, África, Europa e América do Sul registraram temperaturas recordes, com o hemisfério norte e sul apresentando variações de temperatura consideráveis.
Por que agosto de 2024 foi tão quente?
De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), agosto de 2024 superou em 0,01°C o recorde anterior de agosto de 2023, estabelecendo-se como o 15º mês consecutivo com temperaturas globais recordes. Isso significa que desde 1979, agosto de 2024 foi o 46º agosto consecutivo com temperaturas acima da média do século XX.
Quais foram os principais registros de calor em agosto de 2024?
Os eventos climáticos extremos em agosto de 2024 incluíram:
- Temperaturas Recordes: Vários países da Europa Central e Ocidental, Norte da África, Caribe e partes da Ásia registraram temperaturas recordes.
- Extensão do Gelo Marinho: A extensão global do gelo marinho foi a segunda mais baixa já registrada, com destaque para o gelo marinho da Antártica e do Ártico.
- Temperaturas Oceânicas: Os oceanos do mundo também registraram temperaturas recordes de calor, especialmente no Atlântico, Caribe e Oceano Índico central.
Como o hemisfério norte foi impactado?
O hemisfério norte registrou o segundo mês de agosto mais quente, com uma temperatura 1,48°C acima da média histórica. Esse aumento de temperatura não se limitou apenas à terra, mas também aos oceanos desta região.
A seguir, alguns dos países que se destacaram em termos de calor:
- Áustria: Agosto mais quente já registrado, com 3°C acima da média.
- Espanha: Agosto mais quente desde 1961, com 2°C acima da média.
- Reino Unido: 25º agosto mais quente, 0,3°C acima da média.
- Japão: Segundo agosto mais quente desde 1898, 1,84°C acima da média.
O que podemos esperar no futuro?
Todos esses números mostram que a crise climática está em um nível alarmante. Os anos de 2023 e 2024 são, respectivamente, o mais quente e o segundo mais quente já registrados até o momento, e a tendência é de que esse quadro se agrave se não forem tomadas medidas drásticas.
A OMM, utilizando dados consolidados de seis fontes diferentes, publicará um relatório preliminar sobre o estado do clima global em 2024 para a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, a COP29, que ocorrerá no Azerbaijão em novembro.
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