Apenas no dia 16 de setembro deste ano, o Brasil registrou 1.795 novos focos de incêndios florestais. Durante a primeira quinzena do mesmo mês, foram mais de 57 mil — um aumento de 132% em relação ao mesmo período no ano passado. Essa realidade preocupante acendeu um alerta em diversas instâncias governamentais e organizações sociais.
Diante do cenário, o Plenário vai discutir, em sessão de debates temáticos, os incêndios florestais e as mudanças climáticas. A sessão será realizada na quarta-feira (25), às 10h, conforme o requerimento (RQS 650/2024) apresentado por Jorge Kajuru (PSB-GO) e outros senadores. É indiscutível que a situação climática vem se agravando nas últimas décadas.
Por que os incêndios florestais estão aumentando?
Segundo Kajuru, “Ameaçando não apenas o meio ambiente, mas também a saúde pública, a economia e a própria segurança alimentar do nosso país. Esses eventos não são isolados; eles fazem parte de um cenário global de crise climática, que impacta diretamente a vida de milhões de brasileiros”. A região Sul do Brasil é um exemplo evidente, onde as queimadas aumentaram 1.623%.
Os parlamentares denunciam que muitos desses incêndios são provocados intencionalmente. Incluem práticas agrícolas ilegais e a expansão de áreas para pasto e cultivo.
Impactos dos incêndios na saúde pública?
Além de devastar o meio ambiente, os incêndios florestais colocam em risco a saúde pública, agravando problemas respiratórios, especialmente entre crianças e idosos. As regiões com maiores índices de queimadas têm visto um aumento no número de hospitalizações devido a doenças respiratórias.
De acordo com especialistas, o ar poluído por fumaça contém partículas nocivas que podem levar a condições médicas graves, incluindo bronquite e asma. Estudos recentes mostram que o impacto da poluição pode persistir por semanas após os incêndios serem controlados, sobrecarregando o sistema de saúde local.
Como os incêndios afetam a economia?
Os senadores também afirmam que a agropecuária tem sido duramente afetada pela destruição de ecossistemas e pela seca prolongada. Em 2023, as perdas financeiras nesse setor foram na ordem de bilhões de reais, comprometendo seriamente a produção de alimentos.
Para enfrentar esta crise, é fundamental colocar em prática políticas públicas que preservem os biomas brasileiros e, ao mesmo tempo, busquem soluções sustentáveis para a economia rural. A continuidade das queimadas pode resultar em um impacto prolongado na segurança alimentar e no preço dos alimentos.
Denúncias de práticas ilegais e a colaboração com programas de vigilância fazem a diferença. Além disso, cada cidadão pode contribuir evitando práticas de queimadas em suas propriedades.