Em um pronunciamento breve, de pouco mais de meia hora na 79ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) que começou começou nesta terça-feira (24), o presidente dos EUA Joe Biden, relembrou conflitos passados onde os Estados Unidos interveio para demonstrar que é possível resolver diferenças e alcançar a reconciliação. “Hoje somos uma nação amiga do Vietnã”, destacou.
Falando sobre as dificuldades atuais, Biden expressou otimismo: “Sei que muitos olham hoje para o mundo e veem dificuldades, mas eu não vejo”, disse ele, sem mencionar diretamente a escalada dos conflitos entre Israel e Hezbollah no Líbano. “As coisas podem melhorar. Eu vi isso ao longo da minha carreira. Como líderes, não temos o luxo de nos desesperar.”
A decisão de Biden de não concorrer à reeleição
Num tom de despedida e reflexão, o presidente norte-americano abordou sua decisão de não buscar a reeleição. Ele explicou que percebeu a necessidade de abrir espaço para as novas gerações. “Servir este país foi a grande honra da minha vida. Mas entendi que é hora de dar espaço às novas gerações. Algumas coisas são mais importantes que o poder. Estamos aqui para servir o povo, não o contrário”, pontuou.
Necessidade de paz na Faixa de Gaza
Apesar do clima otimista, Biden também fez um apelo pelo fim imediato da guerra na Faixa de Gaza. Ele ressaltou a tragédia do ataque de 7 de outubro de 2023, quando terroristas do Hamas invadiram Israel, mataram 1.200 pessoas e sequestraram outras centenas. “Os reféns e os civis inocentes em Gaza estão passando por um inferno”, disse Biden.
Ainda assim, o presidente evitou mencionar diretamente Israel ou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, mostrando um certo distanciamento em relação à liderança israelense. Ele saudou a presença de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina, na Assembleia Geral.
Fortalecendo relações internacionais
Mais cedo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, criticou a ampliação dos conflitos no Oriente Médio e pediu um cessar-fogo em Gaza. Os discursos de Biden e Guterres foram intercalados por palavras do presidente Lula, com quem Biden trocou cumprimentos.
No decorrer de sua fala, Biden mencionou a questão eleitoral na Venezuela. Ele defendeu a vitória de Edmundo González, candidato da oposição, nas eleições de agosto. Além disso, Biden, assim como Lula e Guterres, abordou os perigos da Inteligência Artificial, pedindo regulação.
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