O desaparecimento de Priscila Belfort, irmã do conhecido lutador brasileiro Vitor Belfort, abalou o país e desencadeou uma incessante busca da família por respostas. Esse caso, emblemático pela sua complexidade e pelas mudanças que trouxe nas práticas policiais em investigações de pessoas desaparecidas, continua sem conclusão. Nesta quarta-feira (25), a plataforma de streaming Disney+ lança “Volta Priscila“, uma série documental de quatro episódios que promete explorar em detalhes as investigações e os dilemas em torno do desaparecimento de Priscila.
Aos 29 anos, Priscila Belfort trabalhava na Secretaria Municipal de Esportes e Lazer do Rio de Janeiro quando desapareceu. Era o dia 9 de janeiro de 2004, e após sair para o almoço, ela nunca mais foi vista. O caso rapidamente ganhou destaque na mídia, em parte devido à notoriedade de seu irmão Vitor, que já era uma celebridade no mundo das artes marciais mistas.
O impacto do desaparecimento de Priscila Belfort
Priscila foi vista pela última vez na Avenida Marechal Floriano, próxima à Presidente Vargas, por volta das 13h. De acordo com suas condições, ela estava com pouco dinheiro, sem cartões de banco e com o celular descarregado. A família iniciou uma busca incansável, distribuindo panfletos e utilizando outdoors por toda a cidade, enquanto a polícia trabalhava com várias hipóteses, incluindo sequestro e possível envolvimento de traficantes.
Desde o início do desaparecimento, a Polícia Civil do Rio de Janeiro desenvolveu várias linhas de investigação, que inicialmente focaram em um possível sequestro. Posteriormente, considerou-se a possibilidade de envolvimento de traficantes, surgindo boatos de que Priscila poderia ser usuária de drogas, algo negado pela família. Decorridos 20 anos, ainda não se chegou a uma conclusão definitiva sobre o destino de Priscila.
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As autoridades realizaram diversas operações, mas nenhuma prova concreta apareceu. Uma operação significativa ocorreu em dezembro de 2004, na região dos Lagos, onde uma denúncia anônima indicava que um corpo carbonizado poderia ser o de Priscila. No entanto, após exames de DNA, a hipótese foi descartada. Em resposta à militância de Jovita Belfort, mãe de Priscila, a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) foi criada em 2014, com o objetivo de focar exclusivamente em casos de desaparecimento.
O futuro do caso com a série “Volta Priscila”
A série documental “Volta Priscila” promete lançar novos olhares e talvez novas pistas sobre o desaparecimento. A produção retrata a luta da família Belfort e as inúmeras tentativas de solucionar o caso, trazendo à tona a triste história que, mesmo após duas décadas, permanece sem desfecho. Com o lançamento da série, espera-se que a visibilidade do caso aumente, possibilitando o surgimento de novas informações que possam finalmente trazer respostas para a família e a sociedade.
A Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio (Sepol) reafirma seu compromisso com a total apuração do caso, destacando que todas as denúncias continuam sendo rigorosamente investigadas pela Delegacia Antissequestro (DAS). Enquanto a série documental chega para manter a memória de Priscila viva, a busca por respostas continua, com a esperança de que um dia se possa esclarecer o seu paradeiro.