DROGA SINTÉTICA

Cocaína rosa: droga preocupa autoridades espanholas

A cocaína rosa, uma substância perigosa e imprevisível, tem sido associada a um número crescente de mortes por overdose.

Cocaína rosa: droga preocupa autoridades espanholas
A droga se espalhou de Ibiza para o Reino Unido, apresentando-se com força na Escócia, País de Gales e outras partes da Inglaterra – Créditos: depositphotos.com / lyulka.86

No início de setembro de 2024, as autoridades espanholas realizaram a maior apreensão de drogas sintéticas já registrada no país, interceptando uma grande quantidade de cocaína rosa e mais de um milhão de pílulas de ecstasy. A operação foi conduzida em Ibiza e Málaga, tendo como alvo redes de distribuição de drogas.

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A cocaína rosa, uma substância perigosa e imprevisível, tem sido associada a um número crescente de mortes por overdose. A composição dessa droga geralmente inclui uma mistura de MDMA, cetamina e 2C-B, o que aumenta significativamente os riscos para os seus usuários.

O que é a cocaína rosa?

A cocaína rosa, muitas vezes chamada de “tuci”, “Vênus” ou “Eros”, não contém necessariamente cocaína. Na maioria dos casos, ela é uma mistura de diferentes substâncias, incluindo MDMA (ecstasy), cetamina e 2C-B. O MDMA é conhecido por seus efeitos estimulantes e psicodélicos, enquanto a cetamina é um poderoso anestésico com efeitos sedativos e alucinógenos. Já as 2C-B e outras drogas 2C são classificadas como psicodélicas, com propriedades estimulantes.

Por que a cocaína rosa é tão perigosa?

A composição imprevisível da cocaína rosa faz dela uma verdadeira roleta russa para os usuários. Muitas vezes, os consumidores esperam efeitos semelhantes aos da cocaína, mas a presença de cetamina pode levar à inconsciência ou dificuldades respiratórias, aumentando os riscos de overdose e outros problemas de saúde graves.

A cor vibrante da droga, obtida com corante alimentício, e às vezes com adição de sabores como morango, visa atrair um público mais jovem e inexperiente. Essa “glamourização” da droga no ambiente de festas e baladas contribui para o seu apelo, apesar dos perigos.

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Como surgiu?

A forma psicodélica original da cocaína rosa foi sintetizada pela primeira vez pelo bioquímico Alexander Shulgin em 1974. Contudo, a variante moderna que está se espalhando rapidamente surgiu por volta de 2010 na Colômbia, a partir de uma falsificação da fórmula inicial. Desde então, a droga ganhou popularidade na América Latina e se espalhou para a Europa.

Impacto na Europa

A droga se espalhou de Ibiza para o Reino Unido, apresentando-se com força na Escócia, País de Gales e outras partes da Inglaterra. Nos EUA, especialmente em Nova York, também se observou um aumento na disponibilidade dessa substância. Na Espanha, onde a cocaína rosa é vendida por cerca de US$ 100 o grama (cerca de R$ 550), a falta de aparatos adequados dificulta a detecção completa dos componentes dessa droga.

Como reduzir os danos causados?

Diante da crescente popularidade da cocaína rosa, uma das medidas mais urgentes é a implementação de serviços de verificação de drogas. Kits que avaliam as substâncias presentes em drogas são ferramentas valiosas para a redução de danos, permitindo que os usuários conheçam melhor o que estão consumindo e, assim, possam tomar decisões mais informadas.

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Além disso, campanhas de conscientização pública e serviços de apoio são essenciais para alertar sobre os perigos da cocaína rosa e oferecer suporte aos usuários. A mistura imprevisível de produtos químicos na cocaína rosa representa um risco sério e crescente, o que torna crucial que autoridades e serviços de saúde se preparem para lidar com essa ameaça.

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