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Quais cursos têm maior empregabilidade?

O levantamento considerou tanto a rede pública quanto a privada de ensino

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Homem segurando currículo – Créditos: depositphotos.com / nito103

Um recente estudo, que analisou as respostas de 5.681 egressos do ensino superior em todas as regiões do Brasil, revelou dados interessantes sobre a empregabilidade dos formados em diversas áreas. O levantamento considerou tanto a rede pública quanto a privada de ensino. Os resultados indicam que áreas como medicina, farmácia e odontologia lideram em termos de empregabilidade, enquanto outros cursos, como engenharia química, enfrentam desafios significativos.

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Segundo Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp, ao g1, esta situação se explica pela relação entre oferta e demanda no mercado de trabalho. Cursos com maior demanda por mão de obra e menos profissionais qualificados têm maior empregabilidade. Por outro lado, áreas mais afetadas por crises econômicas ou com currículos versáteis enfrentam mais dificuldades.

Empregabilidade no ensino superior

A graduação em medicina está no topo da lista com impressionantes 92% dos formados exercendo funções relacionadas ao que estudaram. Este alto índice de empregabilidade é seguido por cursos como:

  • Farmácia: 80,4% de empregados
  • Odontologia: 78,8% de empregados
  • Gestão da Tecnologia da Informação: 78,4% de empregados
  • Ciência da Computação: 76,7% de empregados

Além desses, outros cursos também apresentam altas taxas de empregabilidade, como medicina veterinária e design, que contam com mais de 75% de seus egressos atuando na área de formação.

Cursos com maior dificuldade no mercado de trabalho

Por outro lado, algumas áreas têm um percentual significativo de formados que não conseguem empregos relacionados ao seu curso. A engenharia química é o caso mais crítico, com 55,2% desses profissionais atuando fora de sua área de formação. Outros cursos com problemas semelhantes incluem:

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  • Relações Internacionais: 52,9% de empregados em outra área
  • Radiologia: 44,4% de empregados em outra área
  • Engenharia de Produção: 42,4% de empregados em outra área
  • Processos Gerenciais: 41,2% de empregados em outra área

Por que há essa diferença?

Segundo Rodrigo Capelato, a engenharia química, por exemplo, depende fortemente de ciclos econômicos e projetos específicos da indústria química. Além disso, o currículo interdisciplinar permite que esses profissionais busquem oportunidades em outros mercados, como o financeiro, que podem oferecer salários mais atrativos.

Outra razão para a baixa empregabilidade em certas áreas aponta para uma crise de demanda no mercado de trabalho. Em cursos como história e relações internacionais, quase 30% dos formados estão desempregados. Ainda, há uma diferença salarial entre formados na área e fora dela. Em média, os egressos que trabalham em sua área de formação ganham 27,5% a mais do que aqueles que atuam fora dela.

  1. Empregados na área de formação: média de R$ 4.494
  2. Empregados fora da área de formação: média de R$ 3.523

Maiores índices de desemprego

Alguns cursos têm um alto índice de formados que estão desempregados. História lidera a lista com 31,6% de desempregados, seguido por relações internacionais com 29,4%. Abaixo, veja outros cursos com índices preocupantes:

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  • Serviço Social: 28,6% de desempregados
  • Radiologia: 27,8% de desempregados
  • Enfermagem: 24,5% de desempregados

As principais dificuldades mencionadas pelos desempregados incluem a falta de experiência, baixos salários e a ausência de vagas.

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