“Ela estava em casa, saiu do local do bombardeio e voltou para casa com o pai para pegar coisas da escola para os irmãos, pegar roupas e voltar onde estavam. Na hora que chegaram em casa, atacaram eles, eles morreram dentro de casa”, disse o tio da jovem, Ali Khalen.
De acordo com Ali, os ataques de Israel estão mirando somente civis. “Nenhum lugar que atacaram tem a ver com a guerra, com armamento, com coisa nenhuma, tudo civil, tudo gente pobre, pessoa trabalhadora, tem gente que tem supermercado, marceneiro, serralheria, lojas, casas”.
O Itamaraty confirmou, nesta quinta-feira (26), que o brasileiro Ali Kamal Abdallah de 15 anos havia sido morto por um bombardeio israelense na cidade de Kelya, no Vale do Bekaa, Líbano. Seu pai Kamal Hussein Abdallah, de 64 anos, também faleceu em decorrência da ofensiva.
Líbano e a comunidade internacional
Nesta segunda-feira (23), o governo brasileiro condenou “nos mais fortes termos” os ataques constantes contra zonas civis. Diante da notícia das mortes, o Ministério das Relações Exteriores “renova seu apelo às partes envolvidas para que cessem imediatamente as hostilidades“. Além disso, a pasta recomendou que os brasileiros deixassem o país.
O aeroporto de Beirute está aberto por enquanto, mas o governo avalia realizar uma operação de resgate e repatriação.
Israel e o grupo Hezbollah estavam trocando tiros em fronteiras desde o início do conflito na Faixa de Gaza. Entretanto, o exército israelense intensificou seus ataques na última semana, alterando seu foco.