escalada do conflito

Israel prepara possível incursão terrestre no Líbano com escalada de conflito com Hezbollah

O chefe militar israelense, Herzi Halevi, declarou que os militares estão atacando intensamente para degradar o Hezbollah e preparar o processo de manobra

O aumento dos ataques no Líbano tem atraído críticas globais, especialmente do chefe de refugiados da ONU, Filippo Grandi.
Rafah – Crédito: Getty Images

O chefe militar de Israel, Herzi Halevi, disse às tropas na quarta-feira (25), que os ataques aéreos no Líbano tinham como objetivo destruir a infraestrutura do Hezbollah. A operação visa preparar o terreno para uma potencial incursão terrestre das forças israelenses, e assim, permitir que milhares de israelenses deslocados possam retornar para suas casas.

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Halevi declarou que os militares israelenses estão atacando intensamente para degradar o Hezbollah e preparar o processo de manobra. “Isso significa que suas botas militares, suas botas de manobra, entrarão em território inimigo, entrarão em vilas que o Hezbollah preparou como grandes postos militares avançados”, disse ele.

Qual é o objetivo da incursão de Israel no Líbano?

Segundo Halevi, o objetivo principal da incursão é permitir o retorno dos israelenses deslocados devido ao fogo na fronteira norte do país. Para isso, Israel está tomando medidas contra o Hezbollah, grupo militante libanês apoiado pelo Irã, que tem intensificado seus ataques na região.

A recente intensificação dos ataques aéreos no Líbano, incluindo a interceptação de um míssil direcionado ao Mossad, é uma demonstração da escalada do conflito. O principal general de Israel no norte, Ori Gordin, pontuou que os militares “devem estar totalmente preparados para manobras.”

Os comentários foram feitos depois que Israel intensificou seus ataques aéreos no Líbano e derrubou um míssil que o Hezbollah disse ter como alvo a sede do Mossad, a agência de inteligência de Israel, perto de Tel Aviv — a primeira vez que o grupo militante apoiado pelo Irã tentou atacar tão profundamente o território israelense.

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Líbano à beira do abismo?

O chefe da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, alertou que o Líbano está “à beira do abismo”, pedindo a Israel e ao Hezbollah que “parem com a matança e a destruição”. Ele disse que o país estava passando pelo seu período mais sangrento “em uma geração” desde que o conflito se intensificou.

O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, apelou ao Conselho de Segurança da ONU para pressionar Israel por um cessar-fogo. Em resposta, diplomatas e líderes globais têm trabalhado para garantir um plano que interrompa os combates e permita a consolidação da diplomacia.

Consequências humanitárias dos conflitos

De acordo com o Ministério da Saúde libanês, na quarta-feira, 81 pessoas morreram e 403 ficaram feridas após ataques aéreos israelenses no Líbano. Dois dias antes, na segunda-feira, uma ofensiva israelense havia deixado 492 mortos, incluindo 35 crianças e 58 mulheres.

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Além dos mortos, mais de 90.000 pessoas foram recentemente deslocadas no Líbano. Muitas dessas pessoas, incluindo cidadãos libaneses e sírios, fugiram para a Síria, onde o governo tem ajudado os refugiados através de uma “sala de operações” específica para essa crise. A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) alertou que muitos desses fugitivos não têm planos concretos após cruzarem a fronteira.

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