Nesta sexta-feira (27), as Forças Armadas de Israel realizaram um ataque direcionado ao quartel-general do Hezbollah, localizado em Dahieh, um bairro densamente povoado de Beirute. Segundo fontes israelenses, a localização do QG foi estrategicamente escolhida pelo Hezbollah, com o objetivo de se proteger entre os civis, utilizando-os como escudo humano.
Apesar da precisão do ataque, as informações sobre as consequências para os líderes do Hezbollah, incluindo seu chefe, Hassan Nasrallah, ainda são incertas. Autoridades israelenses indicaram que altos funcionários do grupo estavam presentes no local no momento do ataque, mas não confirmaram se Nasrallah foi atingido.
Como os líderes libaneses estão respondendo aos bombardeios?
O bombardeio provocou uma rápida resposta do primeiro-ministro libanês, Najib Mikati. Ele afirmou que os ataques mostram a indiferença de Israel em relação aos apelos internacionais por um cessar-fogo. Vídeos circulando nas redes sociais revelaram o impacto devastador dos mísseis, com grandes nuvens de fumaça cobrindo o céu de Dahieh.
Israel intensificou seus ataques ao Líbano na última semana, insistindo que seus alvos são as infraestruturas do Hezbollah, um grupo militante financiado pelo Irã e cuja missão é combater Israel. As tensões, que têm sido uma constante desde a guerra na Faixa de Gaza, explodiram em violência aberta após uma série de ataques atribuídos ao Hezbollah.
Quais são as consequências humanitárias dos ataques de Israel?
A intensificação dos ataques israelenses e a resposta do Hezbollah resultaram em uma crise humanitária significativa. Em apenas uma semana, mais de 30 mil libaneses foram forçados a fugir para a Síria, segundo a Acnur. Além das perdas humanas, o conflito resultou na destruição de muitas infraestruturas civis e residenciais.
Entre as vítimas dos bombardeios estão dois brasileiros, conforme confirmado por fontes oficiais. Do outro lado da fronteira, em Israel, milhares de moradores do norte tiveram que abandonar suas casas devido aos ataques contínuos do Hezbollah. O governo israelense tem prometido manter suas ações militares até que seja garantida a segurança dos seus cidadãos.
Qual é a postura dos governos envolvidos quanto a um cessar-fogo?
Apesar da crescente pressão internacional, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou uma proposta de cessar-fogo promovida por várias nações, incluindo os Estados Unidos e o Reino Unido. Netanyahu argumenta que o fim dos ataques só será considerado quando Israel tiver garantias de que não serão mais alvo de ataques do Hezbollah.
Em uma outra frente, tropas israelenses realizaram ataques na fronteira entre o Líbano e a Síria, resultando na morte de cinco soldados sírios, de acordo com relatos da mídia estatal síria. Esses movimentos levantam preocupações sobre a possibilidade de o conflito se expandir para além do Líbano, envolvendo outras nações da região.
O que o futuro reserva para o conflito no Oriente Médio?
Com mais de 700 mortos em apenas uma semana, a situação no Oriente Médio parece estar em um ponto crítico. O recente bombardeio na cidade de Shebaa, que deixou 25 mortos – incluindo quatro crianças – é um sombrio lembrete da violência implacável do conflito. A cidade de Haifa, em Israel, também sofreu ataques de mísseis do Hezbollah, intensificando ainda mais as hostilidades.
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