As Forças de Israel anunciaram neste sábado, 28, a morte de Sayyed Hassan Nasrallah, chefe do Hezbollah. Segundo Avichay Adraee, porta-voz militar de língua árabe, Nasrallah foi morto após um ataque israelense realizado na sexta-feira, 27, nos subúrbios ao sul de Beirute, no Líbano.
De acordo com Adraee, Nasrallah aterrorizava Israel há décadas e era considerado um dos terroristas mais influentes do mundo. Sob sua liderança, o Líbano foi transformado em uma base armada. Outros comandantes importantes do Hezbollah também estavam presentes no momento do ataque e podem ter morrido.
O impacto da morte do chefe do Hezbollah
Avichay Adraee declarou que o bombardeio tinha como alvo principal Nasrallah, com a missão de neutralizar a ameaça representada pelo grupo. Até o momento, o Hezbollah não se pronunciou oficialmente sobre o incidente. O governo do Irã, que apoia o grupo extremista, está verificando a condição do líder.
A morte de Hassan Nasrallah pode desencadear uma série de consequências. O tenente-coronel Nadav Shoshani afirmou que Israel está em alerta máximo para um possível conflito mais amplo após a eliminação do líder. Segundo ele, Israel espera que essa ação mude as operações do Hezbollah, embora reconheça que a capacidade do grupo de realizar ataques ainda não tenha sido totalmente neutralizada.
Israel got Nasrallah.
— George Pearkes (@peark.es) September 28, 2024 at 8:40 AM
O bombardeio em Beirute na sexta-feira deixou seis pessoas mortas e outras 91 feridas, de acordo com o Ministério da Saúde do Líbano. O ataque veio logo após o discurso do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na ONU. Nas primeiras horas de sábado, 28, novas explosões foram reportadas em Beirute, com Israel afirmando que estava bombardeando alvos pertencentes ao Hezbollah.
O impacto sobre a população civil tem sido devastador. Somente nesta semana, 700 pessoas morreram no Líbano devido aos ataques, incluindo 25 vítimas no sul do país, entre elas quatro crianças. As forças israelenses também sofreram com ataques do Hezbollah, que lançaram mísseis contra a cidade de Haifa, a terceira maior de Israel.
A resposta internacional
Netanyahu rejeitou uma proposta de cessar-fogo de 21 dias, apresentada por diversos países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido e Emirados Árabes Unidos. A comunidade internacional está preocupada com o aumento das hostilidades e tem buscado uma solução diplomática para amenizar a crise.
Milhares de israelenses que vivem no norte do país foram forçados a abandonar suas casas devido aos ataques de mísseis e foguetes pelo Hezbollah. A promessa do governo israelense é de que a nova fase do conflito só terminará quando os cidadãos puderem retornar com segurança às suas residências.