Um ataque israelense à vila de Aitou, no norte do Líbano, deixou pelo menos 19 mortos nesta segunda-feira (14), segundo informações da Cruz Vermelha libanesa à CNN. O ataque também feriu outras nove pessoas, de acordo com a organização.
Inicialmente, o Ministério da Saúde do Líbano havia informado que o número de mortos era nove, com uma pessoa ferida. Esta é a primeira vez que Aitou foi atingida desde o início do conflito, há um ano, segundo a Agência Nacional de Notícias do Líbano (NNA). Os resgates seguem em andamento, com equipes da Cruz Vermelha ainda retirando pessoas debaixo dos escombros.
Novo ataque agrava conflito no Oriente Médio
O prédio destruído no ataque desta segunda abrigava famílias que haviam fugido de bombardeios no sul do Líbano, conforme explicou Nehme. A CNN informou que está aguardando resposta das Forças de Defesa de Israel (IDF) sobre o incidente.
Aitou está localizada a cerca de 100 quilômetros ao norte de Beirute, no distrito de Zgharta, região de maioria cristã.
O conflito no Oriente Médio, que se intensificou no dia 1º de outubro com ataques do Irã a Israel, envolveu diversos atores regionais. De um lado, Israel conta com o apoio dos Estados Unidos, enquanto o chamado Eixo da Resistência, composto por grupos paramilitares apoiados pelo Irã, se posiciona do outro.
Atualmente, sete frentes de batalha estão abertas, com a participação de grupos como Hezbollah (Líbano), Hamas (Faixa de Gaza), além de milícias no Iraque, Síria e Iêmen. As Forças de Defesa de Israel estão presentes no Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza, enquanto realizam bombardeios aéreos em outras regiões.
No dia 30 de setembro, Israel iniciou uma operação terrestre no Líbano, logo após o assassinato de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, em um ataque aéreo no subúrbio de Beirute. As IDF alegam ter eliminado grande parte da liderança do Hezbollah nas últimas semanas.
Em 23 de setembro, o Líbano viveu o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 mortos. Entre as vítimas dos recentes ataques estão dois adolescentes brasileiros. O governo brasileiro condenou a escalada da violência e anunciou uma operação para repatriar cidadãos que vivem no Líbano.
Na Cisjordânia, Israel segue combatendo grupos que se opõem à ocupação, enquanto, na Faixa de Gaza, concentra seus esforços na erradicação do Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro, que causou mais de 1.200 mortes, segundo o governo israelense. O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, afirma que mais de 40 mil palestinos morreram nas operações israelenses.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, permanece escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estão mantidos reféns israelenses sequestrados pelo grupo.
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