4 DIAS SEM LUZ

Como processar a Enel por prejuízos após apagão em São Paulo?

A falta de energia ocorre após um temporal ter atingido o estado de SP na última sexta-feira (11). Cerca de 250 mil imóveis continuavam sem luz até as 6h desta terça-feira (15)

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São Paulo vive mais uma semana de prejuízos e transtornos por causa do apagão – Crédito: Arquivo pessoal

Agora, parece que virou regra: Basta chover mais forte para que cidadão de São Paulo fique três ou quatro dias sem energia elétrica, ligando incansavelmente para a concessionária Enel, recebendo um prazo (não cumprido) depois do outro. Um transtorno que já acontece pela segunda vez em alguns meses e, claro, gera inúmeros prejuízos.

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Prejuízos após apagão em São Paulo

Juliana Caldas, pedagoga, conta que, por praticidade, compra as refeições congeladas para durar um mês. “Somente aí, já foram mais de R$ 800”, lamenta. “O que fazer? Com quem brigar”, questiona. “Isso sem falar nas pessoas que perderam equipamentos eletrônicos”.

Já os donos de bares e restaurantes de SP querem ressarcimento em relação à falta de condições para abertura dos estabelecimentos, já que os finais de semana são períodos de mais movimento.

Quem paga a conta?

A lei 8.987 da Constituição Federal diz que a prestação de serviços públicos deve oferecer um serviço adequado que “satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas”.

Portanto, a Enel é distribuidora responsável por atender os consumidores. O contrato de concessão, firmado com a União, é operado pela empresa privada responsável por operar a distribuição de energia na região metropolitana, com vigência até 2028.

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Segundo Carla Minc, assessora do Procon-SP, “é dever de qualquer empresa prestadora de serviços públicos cobrir os danos de uma interrupção não programada e arcar com prejuízos”, relatou ao g1. Segundo a especialista, “isso inclui alimentos, eletrodomésticos e remédios”.

No entanto, é preciso que o consumidor faça fotos e vídeos, reúna documentos que comprovem os seus prejuízos causados pela falta de luz. “Guarde documentos, extratos e tudo que conseguir documentar: foto, nota fiscal e vídeos”, explica.

 Além disso, a assessora do Procon-SP diz que, por mais cansativo que pareça protocolar ocorrências na Enel, a ação é importante fazer novos registros de reclamação, com horário e duração do período sem luz.  Assim, todos os registros podem ser protocolados no site do Procon e usados para uma conciliação administrativa. Em seguida, é possível cobrar a Enel.

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