No último incidente chocante envolvendo leões em cativeiro, a gerente Leokadia Perevalova, de um importante parque de simulação de aventura selvagem na Crimeia, foi fatalmente atacada por leões. O ocorrido se deu na quarta-feira, 16, sob circunstâncias que ainda envolvem perguntas não respondidas.
Leokadia Perevalova, conhecida como a “encantadora de leões”, trabalhou no Parque Taigan por quase duas décadas. Reconhecida por sua habilidade e experiência no manejo de grandes felinos, Perevalova entrou em um dos recintos para limpeza, mas, devido a um erro, acabou sendo atacada e morta por um dos leões. O acidente ocorreu porque o dispositivo que separava os compartimentos dos leões estava aberto, permitindo acesso dos animais à área de limpeza.
Управляющую крымским парком «Тайган» растерзали львы во время уборки вольера.
Леокадия Перевалова проработала в парке около 18 лет.
Утром она вошла в вольер для уборки и не закрыла засов, отделяющий помещение хищников. Тело женщины нашли коллеги. pic.twitter.com/8806kCPFu2— ТОМКА❤️СССР (@TOMKACCCP) October 17, 2024
O contexto do Parque Taigan e os leões
O Parque Taigan, situado na Crimeia ocupada pela Rússia, é uma das maiores instalações do tipo na Europa, abrigando cerca de 60 leões em seus extensos 30 hectares. Esta não foi a primeira ocorrência de ataques no local. Em anos anteriores, eventos similares trouxeram à tona questões sobre segurança e manejo de grandes predadores, inclusive um caso em 2021, quando um tigre causou ferimentos graves em uma criança.
Após o incidente, o proprietário do parque, Oleg Zubkov, foi envolvido em controvérsias, com acusações de homicídio chegando às cortes do país. Ao passo que Zubkov alega erro humano por parte de Perevalova, outros, como Mikhail Zaltsman, um associado de longa data, colocam em dúvida essa versão. Zaltsman defendeu que Perevalova jamais cometeria erro tão básico, insinuando possíveis questões de segurança negligenciadas pelo parque.
A morte trágica de Leokadia Perevalova coloca em foco a prática do manejo de animais em cativeiro. Investigações estão em andamento para esclarecer as circunstâncias do ocorrido, assim como a responsabilidade pela manutenção da segurança dos funcionários do parque. Além do aspecto legal, a tragédia destaca a necessidade de protocolos rigorosos e monitoramento constante para evitar que tais episódios se repitam.