ADESÃO?

Talibã, grupo radical que governa o Afeganistão, pede para entrar nos Brics

O porta-voz Zabihullah Mujahid confirmou que o grupo quer participar da Cúpula de Chefes de Estado dos Brics, que será realizada na semana que vem na cidade russa de Kazan

Talibã, grupo radical que governa o Afeganistão, pede para entrar nos Brics
Membro do grupo radical Talebã – Crédito: Redes sociais/Reprodução

O grupo islâmico radical Talibã, que governa o Afeganistão, manifestou seu interesse em se juntar ao bloco Brics, formado inicialmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

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Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos são os novos membros recém-admitidos do grupo.

O porta-voz Zabihullah Mujahid confirmou que o grupo quer participar da Cúpula de Chefes de Estado dos Brics, que será realizada na semana que vem na cidade russa de Kazan, para “discutir as questões econômicas do Afeganistão com outras nações”.

Motivos do Talibã para integrar os Brics

O interesse do Talibã em participar dos Brics é movido por uma necessidade de integração econômica e política. Desde que reassumiu o controle do Afeganistão em 2021, o regime enfrenta sanções internacionais e isolamento econômico, que têm dificultado a melhoria das condições de vida no país.

Ao buscar integrar-se ao grupo, a administração afegã almeja obter oportunidades de comércio e investimento com algumas das maiores economias em desenvolvimento do mundo. A participação nessa cúpula simbolizaria um passo significativo na direção da aceitação internacional e reduziria o isolamento político atual do Afeganistão.

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Desafios e controvérsias

A proposta do Talibã, no entanto, vem acompanhada de diversas controvérsias. O histórico do grupo em relação a direitos humanos, especialmente no que tange à repressão das mulheres e às liberdades básicas, gera ceticismo entre as nações do grupo e também entre potenciais aliados.

A aceitação de um governo que não é amplamente reconhecido levanta questões sobre os valores fundamentais que o bloco defende.

Apesar de os Brics não serem uma aliança baseada em valores como a União Europeia, qualquer decisão de expansão precisa considerar as implicações políticas e éticas.

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Ampliação dos Brics

A própria discussão sobre a ampliação demonstra que o bloco está buscando reforçar sua influência global. Nos últimos anos, outros países, muitas vezes liderados por regimes autocráticos como Cuba e Belarus, também manifestaram interesse em aderir ao grupo.

Ademais, tal expansão pode provocar reações nas democracias ocidentais, que observam o fortalecimento de alianças que possam desafiar o status quo global liderado pelos EUA e aliados.

Reuniões e discussões na Cúpula de Kazan

A Cúpula de Chefes de Estado em Kazan representa um palco importante para essas discussões. Durante o evento, os líderes dos cinco países membros vão abordar não apenas o pedido do Talibã, mas também a possibilidade de incluir outras nações interessadas.

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A cúpula já confirmou a presença de figuras importantes, como os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Xi Jinping e outros representantes de peso. Dentre as pautas, a ampliação do bloco irá se destacar como tema central, com diversas nações observando atentamente os resultados dessas negociações.

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