Furacões: Porque precisamos de uma categoria 6 na escala Saffir-Simpson!

Furacões: Porque precisamos de uma categoria 6 na escala Saffir-Simpson!
– Crédito: Reprodução/ND

A intensidade dos furacões tem sido alvo de crescente preocupação entre cientistas e autoridades diante das alterações climáticas. Estes fenômenos naturais mostram-se cada vez mais perigosos, em parte devido ao aumento das temperaturas globais. Dados recentes indicam que, embora os ventos dos raramente atinjam velocidades acima de 320 km/h, a tendência é que tais ocorrências se tornem mais comuns.

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Eventos como o furacão Milton, que recentemente se intensificou rapidamente para uma categoria 5, com ventos de 290 km/h, ilustram essa mudança. A ciência aponta para uma ligação entre o aquecimento global e o aumento da intensidade dos furacões, sublinhando a necessidade urgente de mitigar as emissões de gases de efeito estufa.

Como as temperaturas oceânicas afetam os furacões?

Os furacões são formados a partir de dois principais fatores: temperatura do oceano e temperatura da coluna de ar a 20 km de altitude. O oceano mais quente fornece mais energia para alimentar essas tempestades, transformando-as em ciclones tropicais mais poderosos. Segundo especialistas, o aumento das temperaturas oceânicas devido às mudanças climáticas, tem sido fundamental para o fortalecimento de furacões, como observado no caso do Milton.

Com temperaturas da superfície do mar acima da média, especialmente em regiões como o Golfo do México, furacões podem rapidamente ganhar força. A NASA tem registrado aumentos significativos nessas temperaturas, tornando tempestades extremas mais prováveis.

Por que uma nova categoria para furacões é necessária?

Com o aumento da intensidade dos furacões, surgiu a proposta de uma nova categoria na escala Saffir-Simpson. A ideia de uma categoria 6 para tempestades com ventos acima de 310 km/h tem ganhado força. Entre 1980 e 2021, pelo menos cinco furacões teriam se qualificado para essa categoria proposta, todos ocorrendo nos últimos nove anos registrados, destacando uma mudança preocupante nos padrões.

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Furacão Milton pode ser mais devastador que Helene!
Furacão – Créditos: Pexels

Esse debate se intensifica à medida que os riscos associados aos furacões não se limitam apenas à força dos ventos, mas também aos impactos das chuvas intensas e das inundações causadas por estas tempestades gigantescas.

Por que a escala Saffir-Simpson não é suficiente para classificar?

A escala Saffir-Simpson, que classifica furacões de Categoria 1 a 5 com base na extensão dos ventos, tem limitações quando se trata de abordar os riscos causados pela água. Tempestades podem causar devastação não apenas através dos ventos fortes, mas também por meio de precipitações e inundações substanciais.

  • Tempestades de grande dimensão podem causar grandes deslocamentos de água, resultando em inundações severas.
  • Exemplos históricos, como o furacão Sandy, demonstraram que o tamanho espacial de uma tempestade pode ser tão devastador quanto a intensidade dos ventos.
  • Além dos ventos fortes, a água continua sendo o principal fator de risco, uma preocupação crescente devido ao aquecimento global que aumenta a precipitação dos furacões.

Como as mudanças climáticas afetam a intensidade dos furacões?

Cientistas estimam que, sem controle das emissões de gases de efeito estufa, os furacões poderão atingir ventos superiores a 350 km/h até o final do século. Isso reforça a necessidade de políticas robustas para lidar com o impacto das mudanças climáticas, não apenas em termos de mitigação, mas também em adaptações para lidar com essas tempestades cada vez mais frequentes e intensas.

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Em suma, à medida que o mundo continua a aquecer, torna-se imperativo que a sociedade e os governos se preparem e adaptem para enfrentar os desafios impostos por furacões mais poderosos e as suas consequências devastadoras.

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