As pesquisas eleitorais desempenham um papel crucial na compreensão das dinâmicas políticas e na antecipação dos resultados eleitorais. Recentemente, um novo levantamento do Datafolha apresentou dados significativos sobre a corrida eleitoral em São Paulo, especialmente no contexto do segundo turno das eleições municipais. A coleta de dados é minuciosa, abrangendo aspectos como intenção de voto, rejeição e decisão final dos eleitores.
O Datafolha, divulgado neste sábado (26), véspera do segundo turno, indica que Ricardo Nunes (MDB) possui 57% dos votos válidos na corrida pela Prefeitura de São Paulo. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) conta com 43%.
Conduzida entre os dias 25 e 26 de outubro, a pesquisa apresenta uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%. Essa margem de erro oferece uma visão condensada da situação política em São Paulo, mostrando como os eleitores estão inclinados a votar, enquanto a análise de rejeições e decisões definidas proporciona uma visão mais profunda das tendências eleitorais.
Como são calculados os votos válidos?
A metodologia para calcular os votos válidos é semelhante àquela utilizada pela Justiça Eleitoral. O cálculo exclui votos brancos, nulos e eleitores indecisos, concentrando-se nos votos que irão efetivamente influenciar o resultado eleitoral. Para um candidato vencer no primeiro turno, é necessário obter 50% dos votos válidos mais um. Essa abordagem fornece uma medida mais precisa da competitividade entre os candidatos.
No levantamento mais recente, Ricardo Nunes (MDB) lidera com 58% dos votos válidos contra 42% de Guilherme Boulos (PSOL). Esses números refletem uma leve variação em relação à pesquisa anterior, realizada entre 22 e 23 de outubro, mostrando uma dinâmica eleitoral em constante mudança.
Quais são os resultados das pesquisas estimulada e espontânea?
As pesquisas eleitorais, ao elicitarem respostas de forma estimulada e espontânea, captam diferentes nuances do eleitorado. Na pesquisa estimulada, onde os eleitores são apresentados com o nome dos candidatos, Nunes aparece com 48% e Boulos com 37%, enquanto os votos em branco ou nulos permanecem em 12%, e os indecisos em 3%.
Já na pesquisa espontânea, onde o eleitor não recebe uma lista de candidatos, a intenção de voto é um pouco diferente. Nunes lidera com 39% e Boulos segue com 32%. Esta variação demonstra a importância da visibilidade dos candidatos e o impacto do reconhecimento de nome nas intenções de voto.
Como os eleitores estão decidindo seu voto?
A decisão de voto é um aspecto crucial no processo eleitoral. Segundo a pesquisa, uma parcela significativa dos eleitores está decidida em relação ao seu candidato escolhido. 91% dos eleitores de Boulos e 89% dos eleitores de Nunes afirmam que sua decisão é final, o que demonstra altos níveis de convicção entre os dois grupos de eleitores.
Além disso, a rejeição é um fator importante a ser considerado. O índice de rejeição de Boulos caiu em relação à pesquisa anterior, agora em 52%, enquanto Nunes mantém 37%. Essa oscilação pode influenciar significativamente os resultados finais, à medida que os eleitores indecisos tomam suas decisões baseadas em avaliações pessoais dos candidatos.
Quais são as tendências de motivação para votar?
A motivação para votar é outro fator crítico nas eleições. De acordo com a pesquisa Datafolha, 43% dos eleitores têm alta motivação para comparecer às urnas, enquanto 22% expressam pouca ou nenhuma vontade de participar do processo eleitoral. Esses níveis de motivação podem impactar diretamente a participação dos eleitores e, consequentemente, o resultado final das eleições.
Para os eleitores de Nunes, 19% indicam baixa motivação, em comparação a 10% dos eleitores de Boulos, mostrando uma disparidade que pode refletir diferenças nas campanhas ou nas percepções dos candidatos.
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